segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

DIY #2

Fazermos nós mesmos aquilo de que precisamos tem sempre algo de encantador. E quando toca à boa mesa, tanto melhor.

O que vos trago hoje é uma receita. A minha prima mais velha (já vos disse que sou de uma família de mulheres, e primas e tias...) partilhou-a comigo há uma série de anos e de tão prática, útil e fácil de fazer que é, nunca mais a esqueci.

Fica sempre bem. Toda a gente gosta. Fica com um aspecto espectacular. Quem olha pensa que passámos horas na cozinha. Passamos por meninas prendadas. E, afinal, como em tudo na vida, o segredo é a simplicidade. O menos... é mais...

Ora cá vamos nós. 

Pudim de ovos da minha prima Sandra.
Precisamos de pouca coisa.

Leite.
Ovos.
Açúcar.
Caramelo líquido.

Encontrem uma medida. A que quiserem. Um copo, uma caixa, uma malga. Tenham em conta para quantas pessoas é que vão fazer o pudim. Na imagem podem verificar que já tenho o açúcar numa caixa plástica e que essa foi a medida que utilizei. Deu para 12 ovos. Mas podem fazer com menos ou com mais.

Os ingredientes

Misturem tudo. O leite, os ovos e o açúcar.

Gosto de envolver com as varas. Quando estiver com espuma por cima, está no ponto!

O caramelo líquido serve para a forma, claro. Esta tem de ser de chaminé.

Aqui não há medidas. Ponham o que quiserem!

De seguida, tudo dentro da forma e a forma dentro do forno. A 180ºC.

Não sei quanto tempo deve ficar no forno. Vou acompanhando.
Quando abano a forma e o pudim não se mexe, está pronto! :)

Para desenformar o pudim tem de estar frio! Não façam como eu fiz uma vez...
Para arrefecer mais depressa ponham a forma dentro de água fria.

Fica apetitoso, não acham!
 Não se esqueçam de adicionar o ingrediente secreto. Aquele, que faz tudo ficar impecável...

Do it yoursef.
Surpreendam!

Todos os dias gosto mais um bocadinho

Antes de ser mãe, já tinha desistido da ideia.
Andei alguns anos a tentar. E toma medicação, e tira a temperatura, e é agora a altura certa. E começa tudo de novo.
O desalento cresce de mês para mês. Questionamo-nos. Não percebemos. Porquê connosco que até queríamos tanto. Porque é que há mulheres com carradas de filhos, sem condições nenhumas. Porque é que há mulheres sem qualquer sentimento maternal que engravidam tão facilmente, etc., etc.
São muitas das questões que passam pela cabeça de quem como eu, queria ser mãe, e não conseguia.
Desisti. Tentei aceitar o facto da maternidade não me estar reservada. E a minha vida continuou. E recomeçou, no dia em que, depois de muito tempo com essa ideia fora do horizonte, ter decidido ir a uma consulta com um especialista dos especialistas em infertilidade. Lá fui. Ou melhor, lá fomos, eu e o meu marido. A consulta custou 120€. Sim! Limpinhos. Sem seguros, acordos ou o que mais. E não valeu de nada. Não valeu, porque fomos lá só para ficarmos a saber que eu estava grávida!
É verdade!
Não me tinha apercebido. 6 semaninhas de gente dentro e para mim estava tudo normalíssimo. Foi o teste de gravidez mais caro da minha vida.
Naquele dia, não senti nada. Nem alegria, nem tristeza. Pusemo-nos a caminho de casa sem dizer uma palavra. A chover, no meio do trânsito. "E agora? O que é que queres fazer?" - perguntou-me ele. "Não sei... se calhar é melhor dizer a alguém, não?". Quando cheguei a casa dos meus pais já estava outra!
Acho que os meus filhos não sabem o quanto gosto deles.
Não sabem. Não imaginam o que senti quando soube que estava grávida deles. (nem eu sei bem)
Das duas vezes foram sentimentos e experiências diferentes. A própria descoberta do meu estado de graça, também foi inusitada, de ambas as vezes. A única coisa em comum foi que, em ambos os casos, já tinha disistido da ideia.
Ainda bem que aconteceu. Foi quando menos esperei, mas talvez quando estava mais preparada. Tinha de ser assim.
Das duas vezes, os partos aconteceram à sexta-feira. E, também das duas vezes, no sábado senti que já gostava mais deles do que horas antes. É curioso, porque não sabia se aquilo que estava a sentir era mesmo assim. Da primeira vez, senti e tive vergonha de dizer. Da segunda, voltei a sentir, com a mesma intensidade e disse-o a quem estava na visita. E quem estava na visita compreendeu-me tão bem...
Todos os dias gosto mais deles do que gostava no dia anterior. Não sabia que ía ser assim.
Agora compreendo os pais. As suas preocupações. Mesmo quando os filhos são já adultos. O mesmo discurso para os seus filhos, ainda umas crianças aos seus olhos.
Todos os dias gosto mais deles. Todos os dias, mesmo! Sem tirar nem pôr. Às vezes penso que vou rebentar de tanto sentimento.

O melhor do meu ano?

 
A Catarina Beato, de quem já vos falei várias vezes (quem ainda não conhece faça favor de pesquisar Dias de uma princesa), lançou a ideia de hoje registarmos O melhor do meu ano.
Achei, de imediato, que era uma excelente ideia. Mas, logo a seguir, quando comecei a pensar nisso não sabia muito bem o que registar...
 
Foram várias as coisas boas que me aconteram em 2013. Várias coisas que fiz. Tantas pessoas que conheci. Vários projectos em que me envolvi. E de todas as experiências se soubermos retirar o seu lado positivo, acaba tudo por ser tudo bom...
 
Estava difícil.
 
Decidi pensar em anos anteriores, para comparar. Aí? Aí foi fácil. Muito fácil!
 
Pensar que este ano o meu marido não teve nenhum internamento hospitalar, ele que tinha uma média de quatro por ano. Pensar que a nossa vida decorreu normalmente sem paragens obrigatórios nos cuidados de saúde. Pensar que não ficou privado dos filhos, de mim, da família e dos amigos pela sua fragilidade. Pensar nisso tudo, faz-me concluir que isso foi, sem dúvida nenhuma, o melhor do meu ano.
 
E do vosso ano? O que foi melhor?

domingo, 29 de dezembro de 2013

Are you ready?

Para a passagem de ano?
Tudo a postos? Combinações, preparativos, roupa, calçado, maquilhagem, gravatas, laços. Quem vai buscar quem? Onde é o ponto de encontro? Qual o itinerário?

Muito beeeem! Meninos bonitos que já têm tudo pensado.
Eu por mim também já dei início aos trabalhos.

Seremos 11. Em minha casa.
Uma oportunidade para mim de dar asas à imaginação e surpreender os nossos amigos. Quero que se sintam bem. Quero que ao chegarem sintam que a casa está pronta para recebê-los. Que foi tudo pensado a pensar neles. Quero que se despeçam de 2013 com a sensação de que 2014 será espectacular. Quero, mesmo, que seja uma noite daquelas que deixam saudade, assente em afectos, em partilhas, em construção de memórias.

Terei mil e um cuidados com a mesa. A loiça a utilizar. A decoração. Os marcadores. Os guardanapos. As velas, claro. Com a comida, será fácil. Utilizarei o mesmo ingrediente secreto em tudo. E, tudo, ficará mais saboroso.

O marido já foi à lenha. Os meninos estão ansiosos. E eu, feliz. Porque vai ser em minha casa.


sábado, 28 de dezembro de 2013

Children see. Children do.

De vez em quando tropeço neste espectacular vídeo. E de todas as vezes gosto de vê-lo do princípio ao fim. E de todas as vezes sinto-me consternada com a mensagem. E de todas as vezes fico a pensar naquilo que os meus filhos vêem em mim e que podem vir a fazer...



Era só isto...

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Show must go on!

Estou a começar a sentir-me como em todos os finais de ano.

Arrumei a casa, dando lugar aos novos hóspedes do quarto deles. Fico contente por terem aceite a minha ideia de abdicarem de um brinquedo por cada novo brinquedo recebido (vejam aqui). Já está tudo empacotado para oferecer a quem não tem brinquedos.

Aproveitei a deixa e deitei fora o que estava a incomodar-me. Olhei para as coisas e perguntei-me há quanto tempo é que não as usava. Havia demasiado tempo. O destino foi certo. E quem me conhece sabe que não faço arrumações sem mudar a disposição da mobília.

Sala mudada. Quarto das crianças mudado. Parece que tenho uma casa nova.

As coisas, para mim, existem apenas se tiverem uma função. Não acumulo tralhas. Não gosto. Sou prática e faço por utilizar o que tenho e ter apenas o que utilizo. Ao longo do ano faço este exercício várias vezes. E, no final do ano, é certinho, direitinho! :)

Depois da quadra que acabámos de viver, a vida continua. Tem de continuar!
Janeiro é um mês longo. Dias chuvosos, invernosos, com pouca luz. Noites compridas e o tempo que teima em não passar. Não fiquemos à espera, apenas, que o tempo passe (não gosto de fazer isso). É preciso agir!

Já estipulei alguns objectivos que quero concretizar em 2014 e Janeiro será o mês de arranque. É preciso planear, listar, organizar, pensar para concretizar. E, por isso, termino Dezembro com a casa no sítio, algumas gavetas organizadas (só faltam os roupeiros), caixas de arrumações novinhas em folha (talvez fosse melhor etiquetá-las), agenda em punho e ideias a efervescer.

A vida continua. Tem de continuar!
Vou começar o ano com a promessa de que Janeiro será o primeiro de 12 meses em que o meu salário terá um corte radical. Pouco animador, confesso. Desolador... Incompreensível... Tenho a sensação que vou passar a receber uma factura e não um recibo de vencimento... Mas isso obriga-me a reinventar-me. E é isso que vou fazer.

A vida continua. Tem de continuar!
É preciso ter um plano. Um objectivo. Partilhado ou não. Mas uma meta a alcançar para que os nossos esforços se direccionem. Para que não gastemos as nossas forças em vão. É preciso repensar as coisas? Então repensemos. Façamos um exercício diário. Estudemos o que nos rodeia. Como vivemos. Com quem nos damos. Como trabalhamos.

Não podemos abrandar o ritmo só porque Janeiro é um mês muito longo. Se se mantiverem ocupados, garanto-vos: o mês será bem mais curto!

A vida continua. Tem de continuar!
Eu já estou em marcha!
Espero que façam o mesmo!

Não pode a crise vencer-nos. Não pode a doença, a morte, o desespero tomar conta de nós. Não pode a incerteza invadir-nos o coração. Nem a tristeza. Cada um de nós tem tudo para que tudo se resolva. Basta encontrar um equilíbrio entre o que se quer e o que se está a fazer para atingir esse objectivo.

The show must go on! That's sure!

É à escolha do freguês! (o último)

Começa amanhã o último fim-de-semana do ano! E esta rubrica que vos dá dicas de como preencher os melhores dias da semana está também a terminar... Não se trata de terminar porque 2013 está no fim ! Está a terminar porque em Janeiro dará lugar ao "Dicas com amoras".

Continuarei a destacar alguns programas para fazer sozinho, com amigos ou com a família. Sempre à sexta-feira, no mesmo formato. Mas com outro nome. Rebaptizo, assim, este compromisso.

E, é claro, a 4 dias de 2014 hoje só podia trazer aqui dicas para o revéillon.

Um pouco por todo o país haverão festas gratuitas nas ruas, largos, baías, praças, avenidas. Em locais emblemáticos de cada cidade. Nas casa de espectáculo também há programas para todas as bolsas e tenho a certeza que serão muito os que ficarão por casa com amigos ou com família. 

Ainda há quem fique a trabalhar, pois assim tem de ser. Show must go on! Mas o espírito de final de ano, esse, tenho a certeza que estará presente em cada um de nós!

O Hard Rock Café de Lisboa oferece música, jantar, ceia e champanhe. Ainda não divulgou os preços, mas aqui têm toda a informação necessária.

Se quiserem dar uma escapadela ao Terreiro do Paço, às 22.00 começa o espectáculo com Herman José, seguido do DJ André Henriques. Segue-se o tradicional fogo de artifício e Pedro Abrunhosa a arrancar com o novo ano. Tudo gratuito, como sempre!

Na Cidadela de Cascais também há programa. E olhem que não é nada de deitar fora! Muito acessível! Depois há sempre festa na Baía de Cascais.

No Porto, na Avenida dos Aliados, também há rambóia, claro! Quinta do Bill, Azeitonas, DJ Fernando Alvim e fogo de artifício.

Façam o vosso próprio fogo de artifício. Divirtam-se. Despeçam-se deste ano com glamour. Não se esqueçam das passas, e de subir a um banco, e da lingerie azul, e de dar um beijo à meia-noite! Não se esqueçam que vem aí mais um ano. Mais 365 novas oportunidades.

Façam o que vos der na real gana!
Mas façam o favor de serem felizes!

Até Janeiro de 2014 com o "Dicas com amoras"!

Four thousand and go!

Os Contos com amoras já passaram das 4000 visualizações.
Enche-me o coração saber que mais de 4000 vezes os meus textos foram lidos. Mais de 4000 cliques neste blog que é assim uma pequena grande paixão que este ano começou a crescer dentro de mim.

Gosto de escrever. Desde que comecei a desenhar os primeiros caracteres. E já antes disso gostava de contar histórias. Pelas ilustrações dos livros.

Lembro-me de um episódio em casa da minha avó quando ainda era muito pequena. Aquilo marcou-me.
Estava de visita uma prima do meu pai. Uma prima médica, a Aline. E o orgulho e admiração que todos tinham por ela era e é contagioso. Apesar de ainda muito pequena, já eu sentia que ela era uma pessoa muito especial e bem amada por todos.

Naquele dia, quando ela chegou, fui buscar os meus livros dos Estrunfes e segura de mim abri-os em cima do colo dela e comecei a contar-lhe histórias.
- Mas ela já sabe ler? - perguntou a Aline aos presentes.
- Não! Mas gosta de contar histórias.
- Olhem que esta miúda vai longe. - rematou.

Não sei até onde é que ela esperava que eu fosse, mas aquilo marcou-me. Vindo de alguém que, realmente, tinha ido longe... aquilo marcou-me...

Ao longo da vida partilhei alguns textos, sobretudo aqueles que escrevi de propósito para alguém que fazia anos ou, por outro motivo qualquer, entendi que devia dedicar algumas palavras.

Mas esta partilha que os Contos me proporcionam é muito maior do que alguma vez imaginei.

Quem passa por aqui e também escreve em blogs percebe o que digo. Cada número a aumentar, cada comentário, cada contacto, alimentam esta paixão. Deixam-nos um formigueiro no estômago. Deixam-nos com uma pequena excitação pela prova recebida.

Muitos mais são os que passam por aqui e não deixam rasto (ou assim pensam). Mas os Contos estão para continuar! Com novidades em Janeiro. Com a certeza de que são vocês que o alimentam

Obrigado. Muito obrigado!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A toalha da minha tia!

Sou de uma família de costureiras. As minhas tias e a minha avó passaram uma vida de volta das máquinas de costura. Passei muito tempo da minha vida com elas, sobretudo na minha infância e, claro, ficou cá o bichinho.

Não pego na máquina, mas pego na agulha, nas linhas, na tesoura e no que for preciso coser. Também já peguei em feltro e noutros tecidos lindos que, só de olhar, dá vontade de fazer qualquer coisa, de criar. Mas não faço roupa com moldes, isso não! Dou uns toques...

Reconheço alguma terminologia linguística, fruto de tantos anos de convivência (alguma coisa tinha de aprender). Reconheço alguns tipos de máquinas de costura, agulhas, entre outro hardware. E, como calculam, ganhei muitos vestidos e tailleurs feitos a pensar em mim, à minha medida (qual Claudia Schiffer).

Mas os tempos mudaram. No meu tempo de infância, ainda se mandavam fazer vestidos. Mas nos meus tempos de jovem adulta já as Zaras espanholas tinham invadido o nosso mercado, roubando trabalho às nossas costureirinhas.

Estas, reinventaram-se. Começaram a surgir lojas de arranjos. Acertos de baínhas, colocação de fechos, puxa e estica a manga. Muitas vezes os arranjos eram autênticos makeovers nas peças, tal a qualidade da sua confecção. 

Também aqui a espuma dos dias deu um ar de sua graça. O nosso guarda-roupa passou a ser descartável. O que outrora servia de anos para anos, de irmãos para irmãos, de primos para primos (em alguns casos de pais para filhos - com os devidos reparos), deixou de servir... passou a estar démodé...

As minhas tias, claro está, não escaparam a estes novos maneirismos. E, claro, deixei de pedir-lhes que me fizessem roupa. Apenas alguns arranjos.

Os anos foram passando. A distância não foi amiga dessa continuidade. E quando é preciso, vai-se ali à loja da esquina. E, assim, esqueci-me desse tesouro que é ter mãos de mestre disponíveis para nós.

Até há duas semanas atrás!
Tocou o telemóvel. Era a minha tia mais nova! Queria as medidas da minha mesa de jantar para confeccionar uma toalha. Sim, confeccionar. Não comprar!

Hoje, recebi-a. Coloquei-a na mesa. Está linda. E o seu valor acrescentado torna-a única. Hoje e para sempre. Com o desembrulhar do pano, soltaram-se memórias. Casas com o constante burburinho da máquina a costurar. Linhas no chão, e na roupa, e nas mesas, e em todo o lado. Uma agulha marota que nos despertava quando menos esperávamos. Um dedal sempre a postos. Um conhecimento profundo sobre os panos. E uma disponibilidade constante, nem sempre valorizada.

A toalha da minha tia, trouxe-me muito mais que o seu bom gosto e a sua arte. 
Sempre que a utilizar para receber, tenho a certeza que irá sair naturalmente:
- Esta toalha foi a minha tia que fez.
Um pequeno grande orgulho que sinto cá dentro em ter coisas feitas a pensar em mim por pessoas que amo profundamente.

Hoje e sempre!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Missão cumprida

É assim que me sinto a pouco mais de 6 horas de terminar, oficialmente, o Natal de 2013.

Consegui preparar tudo a horas, fazer as compras certas, na hora certa, para o destinatário certo, dentro de um certo orçamento. Fico contente por não ter derrapado, mas fico triste por não ter podido chegar mais longe... Cortei nos adultos, acertei pormenores com amigos, e a minha destreza na gestão orçamental, com truques e aproveitamento de vales, levou-me a gastar 83 cêntimos nos presentes para os meus filhos. E esta, hein?

É preciso fazer contas à vida, sem dúvida nenhuma. E, também, aproveitar todos os que nos rodeiam para gerir bem os presentes que as crianças irão receber. Os avós, os tios e os padrinhos. Esses são os nossos parceiros privilegiados nessa gestão. Uns compram uma coisa. Outros compram outra. Dentro do possível, dentro do que as crianças querem e que lhes faz falta, e as prioridades de roupa e calçado próprias da época ficam por nossa conta, para depois do Natal, para a época de saldos.

Mostrar às crianças que o Natal não é uma época de abundância, é impossível! Os presentes continuam a ser muitos! Em cada casa, uma mesa cheia! Mas tentemos mostrar-lhes que há crianças como elas que não têm a mesma sorte!

Cá por casa, a assinalar:
- Por cada brinquedo recebido, um brinquedo antigo será dado a uma instituição. A mais velha, concorda. Percebe. E não se importa. O mais novo... talvez consiga convencê-lo pelo exemplo da irmã...
- A roupa que já não serve, terá novos destinatários. Vamos dar uma volta aos armários e listar o que faz falta para que os saldos sejam bem aproveitados. Dele, são quatro os pares de ténis que vão direitinhos para um amigo;
- Eu e o pai trocámos um único presente. Inicialmente, nem isso estava previsto. Mas surpreendemo-nos mutuamente (e soube bem).

O espírito de paz e alegria sentiu-se em cada casa. Em cada Natal que tivemos. E foram três. Na casa dos avós paternos, na casa dos avós maternos e na nossa casa.

Recebemos e trocámos mensagens. Fomos ao cinema, ao circo, passear por Lisboa, jantar à Trindade, ver o circo de Luz, ao Politeama (ela, com a escola) e à Aldeia Natal (ele, com a escola). Jantámos com amigos (eu e o pai) e hoje, tal como quando éramos crianças, terminamos o dia em casa, à lareira, de pijama, a brincar, a experimentar os presentes recebidos, a construir memórias de tempos difíceis, mas muito mais fáceis do que no tempo da infância dos nossos pais.

Natal, até para o ano!


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Um amor verdadeiro

Quem já viu, sabe que esta imagem é do filme animado "Frozen". Fomos ver com os miúdos. 
Como sabem, não morro de amores por filmes no cinema, mas nesta quadra levar os miúdos é quase uma tradição.

A rainha do gelo
Lá fui... e de lá vim muito feliz...

Todos sabemos que há uma fórmula para o sucesso dos filmes. Sejam animados ou não. A Walt Disney não foge à regra. Primeiro o problema, depois os obstáculos, depois o ultrapassar com sucesso cada barreira e, por fim, o grande amor que leva à felicidade eterna.

Desta vez a fórmula é a mesma, com uma excepção: o grande amor que leva à felicidade eterna tem novos protagonistas. Não é um príncipe e uma princesa, mas antes, duas irmãs!

Não obstante o facto de eu ter uma irmã, acredito que este sim, é um verdadeiro amor. Eterno! Até que a morte nos separe! Acredito no amor entre irmãos. Tenho dois filhos e apesar das lutas diárias pela conquista de territórios, vejo em cada gesto deles um acto de amor. Sei que quando eu lhes faltar, cá estarão um para o outro. E, acredito, piamente, que eles sentem esse amor na presença e na ausência.

Na vida, também temos problemas, obstáculos e tentativas, umas vezes bem outras vezes mal sucedidas. Também temos amores e aqui é que está o busílis da questão. Amores... e o amor? O verdadeiro amor? Aquele, capaz de salvar-nos e transportar-nos para outra dimensão?

Onde reside esse amor? E o que é esse amor?
No filme, uma das personagens explicou que "amar é pôr o bem estar do outro à frente do nosso próprio bem estar". Já sentiram isso?

Gostei do filme. Mesmo.
Gostei deste ajuste final na fórmula de sucesso. Um ajuste real, mais fidedigno ao nosso dia-a-dia. Com uma mensagem forte. Destinado às crianças. Mas que toca no coração dos adultos.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

DIY #1

Com o aproximar da noite de Natal e com a excitação dos miúdos a começar a perder o controlo, comecei a perceber que era melhor pôr mãos à obra! Mesmo porque as coisas têm de ser feitas e apesar da falta de espírito natalício, há crianças em casa! Logo, é preciso dedicar algum tempo a isto.

Ao dar início aos trabalhos, começam a surgir ideias. Como sempre! 

Há umas semanas atrás comprei um papel simples, simples, no IKEA. Branco com listas vermelhas. Básico, para conseguir dar um toque personalizado.

Vamos ver o que lhe fiz.

Usei:
- o papel de que falei
- fita dourada
- azevinho de plástico
- fita de tecido vermelha com bolinhas brancas
- purpurinas douradas
- fio de arame dourado
- fita cola
- tesoura

Resultou nisto!
Prendi o azevinho ao laço de tecido.
As purpurinas apliquei-as sobre o azevinho.
Foi este o resultado!

O laço ao pormenor.

Este embrulho foi pensado para uma bebé de 1 ano.
Não usei papel de rolo. Usei um saco de papel que abri para fazer o embrulho. De que é que precisam?
- saco de papel
- tesousa
- ráfia rosa
- naperon de papel branco
- fita cola

Como vêem na imagem, cortei o naperon de papel ao meio e envolvi com a ráfia rosa.

Aqui, uma moldura para um adulto.
O resto do saco de papel e um apontamento no canto.
O menos, é mais!

Não é preciso muito para personalizar um presente! Nem é preciso gastar muito dinheiro. Basta ver bem o que temos em casa e aproveitar com alguma originalidade e criatividade.

Acredito que um presente com um embrulho personalizado ganha muito. Quem o recebe acaba por receber, também, um bocadinho de nós, do nosso tempo, da nossa dedicação. É impossível não esboçar um sorriso, não perguntarem como é que o fizemos, não ter interesse pelo nosso trabalho.

Com isso estamos a partilhar, a dar um bocadinho de nós e a aquecer o nosso coração e o dos nos amigos e familiares.

Tenho apenas cuidado quanto ao destinatário do presente. Se é uma criança, se é um adulto. Uma mulher ou um homem. De resto, depois de determinar o que vou fazer, sigo a mesma linha. Sim, porque para o ano há mais!

Com esta partilha inauguro uma nova rubrica deste blog: o Do It Yoursef.
Fico à espera das vossas ideias!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

É à escolha do freguês! (21 e 22 de Dezembro)

Meus queridos, como estão?
Mais um final de semana com as dicas do amoras!
Já têm tudo pronto para o Natal? Ainda não? Já? E tempo para uma escapadela, ainda há?
Se calhar não era má ideia desanuviar da azáfama destes dias...
 
Deixo aqui umas sugestões!
 
A Escola de Dança do Conservatório Nacional apresenta o bailado "Quebra-Nozes" no Domingo, às 16.0. Será no Teatro Camões e dos 3 aos 18 anos os bilhetes têm um desconto de 50%. Espreitem aqui todas as informações. Sem dúvida, um programa de família mesmo a preceito para esta época. Aproveitem a deslocação para passear pelo Parque das Nações.
 
E quem é que já foi ao Terreiro do Paço assistir ao Circo de Luz? É lindo de se ver. E gratuito. De segunda a sexta há sessões entre as 19.00 e as 22.00. Ao fim de semana e no dia 25 entre as 18.00 e as 22.00. É um deslumbramento visual que enaltece a paisagem e a arquitectura da praça mais bonita da Europa.
 
Se ficarem por casa não deixem de espreitar este vídeo. Uma comovente homenagem a Madiba num espaço inusitado, mas de uma qualidade indiscutível, pelo Woolies and Soweto Gospel Choir. Fiquei comovida. Arrepiada.
 
Não faço mais propostas para este fim de semana. A mim, calha-me trabalhar, um jantar com amigos no Sábado, um espectáculo no Domingo com a família.
 
Façam o que vos der prazer!
Façam o que vos der na real gana!
Mas não deixem nada por fazer!
 
Deixo-vos uma imagem. Um pequeno mistério para as crianças. As crianças que fomos um dia!
 


Créditos a Sara Kelly | Pinterest
 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Pára tudo!

É Natal!
E se há altura do ano em que pára tudo, é no Natal! E em Agosto, claro!
Este país entra em estágio. As pessoas tiram férias na semana antes do Natal, na semana do Natal e na semana seguinte ao Natal.
 
Não consigo perceber isto. É que tirar férias para ficarem por casa, porque ainda é preciso gastar mais uns euros em prendas, em comida, em roupa... não percebo... Nestas férias os que vão à terra fazem-no em dois ou três dias e depois, pronto, cá estão sem nada de especial para fazer. Mas, é Natal, e no Natal tiram-se férias...
 
E quem está a trabalhar vê-se aflito para resolver alguma coisa.
"Ah, e tal! A/o colega está de férias e eu não sei do que está a falar..."
"Ah, pois... mas não sou eu que estou com esse assunto e o/a colega está de férias..."
"O melhor é mandar isso para a/o minha/meu chefe. É que para a semana eu vou estar de férias e, assim, ela/e dá isso a outra pessoa." Ou seja, ainda não está de férias, mas já está em estágio para entrar de férias.
 
Eu também vou ter férias, é verdade. Dois dias, pois os miúdos não têm escola e ir trabalhar seria difícil. Não consigo resolver nada sozinha...
 
Consigo encontrar aqui algumas vantagens (para quem está a trabalhar):
 
- há muito estacionamento!!
- não há trânsito!!
- consigo almoçar sossegada, sem muita gente à volta!!
- consigo sair a horas!!
 
De resto... a vida continua minha gente!
É Natal, é verdade! Mas a vida continua!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O dia em que perdi a minha identidade! (passei a ser mãe do porteiro e do motorista)

Foi há sete anos atrás! Em Setembro!
Daí para cá, nunca mais voltei a ser eu! E não. Não foi no dia em que fui mãe. É verdade que depois dessa experiência andamos ali uns meses mais ou menos desaparecidas das preocupações de quem nos rodeia. O bebé, o bebé!! E, nós, que apenas estamos ali para o bebé... ninguém se interessa por nós...
 
Mas isso passa tudo! Aos poucos recuperamos o nosso papel na vida dos outros. Os avós começam a falar connosco, os pais lembram-se de que, afinal, além do bebé também nós precisamos de atenção (quanto mais não seja porque já tivemos dois ou três ataques de loucura) e os amigos começam a perceber que continuamos as mesmas pessoas que eramos, com a mesma capacidade de diálogo e de socialização.
 
O pior, pelo menos quanto a mim, foi a primeira experiência colegial. Com dois anos de idade lá foi a rapariga para o colégio. E no preciso instante em que ponho um pé para lá da porta da entrada, cheia de receios, com as lágrimas a quererem rebentar, com um nervoso miudinho a consumir-me por dentro, a transparecer uma falsa segurança, própria de quem vai deixar a sua filha, pela primeira vez, com pessoas que não conhece, com crianças que não conhece, numa sala e numa casa que não conhece, eis que oiço um sonoro:
- Bom dia, mãe! - vindo de um senhor, o porteiro, com idade para ser meu avô.
"Oi?!?" - pensei. "Isto é para mim?!?"
 
Só podia ser para mim. Não estava ali mais ninguém. E a mãe do senhor muito dificilmente ainda seria viva. Respondi-lhe, educadamente, mas ainda com dúvidas sobre aquele cumprimento. Ao subir as escadas, de novo:
- Bom dia, mãe! - uma senhora que, pela idumentária, fazia a limpeza do espaço. E por aí fora, até chegar à sala.
 
A coisa foi estranha para mim. De repente passei a ser mãe de toda a gente. Do porteiro, do motorista, da senhora da limpeza, das educadoras, das auxiliares, da cozinheira, da enfermeira, da coordenadora e da directora.
 
Uma família gigante, aquela. Uma família, a que ganhei. Graças a Deus não preciso de dar presentes de Natal a todos esses filhos herdados pela minha nova condição, mas ao longo destes sete anos dei o que pude para ajudar na concretização dos projectos. Contribuí com a oferta de livros novos, com doação de brinquedos e de roupa, na preparação de festas (sim, eu sei fazer pinturas faciais), entre mil e uma coisas que diariamente movem aquela família. A minha outra família que durante anos foi minha parceira na educação da minha filha e que continua a sê-lo, na educação do meu filho.
 
Deixei de ter nome. Perdi a minha identidade. Passei a ser a mãe de todos. Custou-me esta ideia. Habituar-me a isso, confesso, não foi fácil. Já tinha pensado sobre o assunto, mas também já me tinha esquecido pelo hábito. Até ao dia de ontem.
 
Ontem, não percebi como nem porquê, uma educadora tratou-me pelo meu nome. Já me conhece há muitos anos. Sabe que sou mãe de todos. E essa familiaridade quebrou-se. Pelo menos com ela. E, estranhamente... isso foi estranho...
 
Primeiro estranha-se, depois entranha-se.
Foi o que se passou comigo. Perdi a minha identidade para uma família de mães e profissionais da educação que fazem um trabalho diário extraordinário. Hoje, não me importo com isso. Entranhou-se.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Grávida?!? De novo?

É verdade! Publicidade à parte, este vídeo espelha bem a felicidade que senti quando descobri que estava grávida. Vejam até ao fim! É apenas 1 minuto e pouco e vale mesmo a pena. Garanto-vos!
 


Há uma vida antes e outra depois de termos um filho!
Antes, há uma vida com tempo para tudo. Com tempo para imprevistos, decisões de última hora, viagens sem grandes preparativos. Há tempo (e dinheiro) para o ginásio, para compras por impulso, para mimos fora do calendário. Há tempo para os amigos, para namoro com o marido, para fazer o que nos dá prazer.
 
Temos a casa arrumada, sabemos onde está tudo e não corremos o risco de pisar legos espalhados pelo chão. Acreditem, pisar uma peça de lego, quando estamos descalços, é pior que tudo o resto que possam imaginar. :)
 
Há outra vida depois de termos um filho!
Não há tempo para dormir, nem tempo para combinações de última hora. Por vezes, nem os programas combinados com tempo conseguem ser cumpridos. Não há tempo para adoecer, nem tempo a perder. Ganhamos turnos novos no nosso dia-a-dia. Reorganizamo-nos sem darmos conta e, também sem darmos conta, começamos a viver organizados dentro de um caos.
 
Se pensarmos em viajar, temos de pensar com muuuuiiiito tempo de antecedência e por mais listas que façamos para não nos esquecermos de nada, há sempre qualquer coisa que fica para trás. Até ao dia da viagem é rezar para que a criança não adoeça. Ah, e não esquecer! Levar uma pequena farmácia para a viagem!
 
Há uma vida antes e outra depois de termos um filho.
É um admirável mundo novo.
É uma admirável experiência.
 
Se podia ser de outra maneira? Poder podia, mas não era a mesma coisa!
E não! Não estou grávida!
Só quis partilhar convosco este vídeo que espelha na íntegra aquilo que sentimos quando passamos por esta experiência.
 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Tive um encontro offline!

Foi no sábado!
Conforme já vos tinha dito, lá fui ao ABC, A bloggers Conference, no Espaço LEAP nas Amoreiras. Não conhecia este espaço. Muito agradável, devo dizer e, depois, a organização do evento foi XPTO, o que tornou tudo ainda mais aprazível.
 
Começou com um painel de luxo de vários profissionais que têm na blogosfera uma saída de emergência, através dos seus blogs temáticos que nos inspiram e são um exemplo do que melhor se faz por cá neste mundo virtual.
 
Espreitem aqui e fiquem a saber um pouco mais sobre eles.
 
Foi uma saudável troca de ideias, com algumas análises à mistura sobre o quão aquém daquilo que se faz internacionalmente nós estamos. Foi um encontro agradável com pessoas que sigo como a Ana Luísa do Doce para o meu doce que, inicialmente, pensei que só conheceria no workshop que ela própria ía ministrar "Comunicação relacional", mas acabei por almoçar com ela. E não é que é mesmo um doce, a Ana? Adorei conhecê-la. É uma querida, cheia de ideias e muito empreendedora. A sua última ideia está aqui e digo-vos, é super original e cheia de amor.
 
Também vi a Catarina Beato do Dias de uma princesa. Vi e não consegui falar com ela. Era o dia de aniversário do seu filho mais velho e, por isso, saiu assim que acabou o primeiro painel. Tenho a certeza que teremos oportunidade de falar um destes dias.
 
Falei com o Pedro Rolo Duarte e este é o seu blog. E devo dizer que já conhecia o blog do jornalista Filipe Gil, Correr na Cidade, mas não me dizia nada! Agora que o ouvi e fiquei a conhecê-lo um bocadinho, mudei de ideias e já consigo olhar para o que ele escreve com outros olhos. Não era por mais motivo nenhum a não ser porque o assunto não me interessava. Mas agora sei que quando sair um novo post irei pensar nos episódios que o Filipe descreveu por detrás do computador. :)
 
Conheci outras (sim, só mulheres) bloggers, cada uma com a sua área, com os seus gostos, mas cada uma com as suas profissoões, as suas vidas pessoais, as suas experiências de vida.
 
Saí de lá mais rica.
Saí de lá com a certeza de que estou no bom caminho, pois para mim o mais importante são os meus leitores. Sem eles, este blog não teria pernas para andar. E sinto que fazem parte de mim.
 
Se já sabia isso, agora tenho a certeza absoluta. :)
Obrigado.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

É à escolha do freguês! (14 e 15 de Dezembro)

Ora cá estamos nós com mais um fim de semana à porta!
Já têm planos? Ou vão passar estes dois dias preocupados com o que ainda falta para que o vosso Natal seja perfeito? Ou não vão fazer nada? E que tal fazerem um bocadinho de tudo?
 
Ficam aqui algumas dicas...
 
Robin dos Bosques, esse herói. Esse justiceiro que diz às crianças que a riqueza está mal distribuída e que as desigualdades podem ser combatidas. Onde é que está? Aqui, no Teatro Politeama e até dia 29 deste mês. Espreitem o programa das festas e agendem com os vossos miúdos. Ao fim de semana as sessões são às 15.00, depois podem sempre dar um passeio de fim de tarde pela capital.
 
Para os graúdos o Casino do Estoril recebe por dois dias os Commedia à la carte. Um regresso aplaudido pelo público e que pode até servir de presente de Natal antecipado. O custo dos bilhetes é único (20€) e o ambiente de glamour do Casino é uma mais valia numa saída a dois, a três, a quatro, a quantos quiserem. Espreitem aqui mais informações.
 
É claro que na época de Natal tem de haver circo. Os meus filhotes já foram no passado Domingo. Faz parte do nosso imaginário de crianças, mas para que esse imaginário seja construído, alguém tem de levá-los, certo? E assim foi. Foram ao que está na Feira Popular. Aqui, deixo-vos a dica da Companhia Internacional de Circo que está no Coliseu. Pelo menos por ali não há notícia de animais apreendidos... Vão, vão em família. Aqui, tudo o que precisam de saber.
 
E quem é que já foi à Vila Natal de Óbidos? O que é que acharam?
 
Eu, no sábado, vou ter um encontro offline com quem anda nesta blogosfera. Com quem, como eu, quer aprender e com quem tem alguma coisa para ensinar. Vai ser giro encontrar-me com os verdadeiros rostos dos responsáveis por alguns blogs que adoro ler.
 
 
 
Façam o que quiserem. Façam o que vos der na real gana, mas não deixem passar estes dias em branco!
 

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Super-filhos!

Passamos o tempo a falar de como as mulheres são multifunções, sobretudo quando têm filhos, e que multiplicam a sua capacidade de trabalho, e que não têm tempo para descansar, ou para adoecer, ou para se divertirem, e que não podem falhar, que são muito exigentes, etc, etc. Por estas e por outras são apelidadas de super-mulheres, super-mães, super-qualquer coisa parecida com super-heroína.

Mas tenho de fazer aqui justiça à coisa, ou seja, à minha situação.

Abri o pulso. O pulso direito. Mas até descobrir que o tinha aberto, não sabia o que tinha. Apenas dores. Muitas dores. Não sou nada de me ir baixo, mas as dores pareciam prolongar-se pelo braço todo, pelo pescoço, pelo lado direito do meu corpo. Por isso, pensei que fosse uma tendinite. Mas não. Era o pulso aberto.

Cheguei a ter as lágrimas nos olhos devido a um movimento menos controlado. A pegar nele ao colo. Fui-me abaixo. Estou assim desde 2.ª feira e, na terça, quando percebi o que tinha, melhorou um pouco com uma ligadura elástica, um voltaren em creme e uns benurons. Também devia repousar o pulso ao máximo... (pois, pois...)
 
Mas descobri que os meus diabinhos, afinaaaal... conseguem ser uns anjinhos... É verdade!
Quando me viram de lágrimas nos olhos perceberam que a coisa era séria. Ela assustou-se mesmo! Ele ficou parado, sem reacção.
 
Quando me viram com a ligadura é que foi! A mãe está mesmo doente!!! De vez em quando tenho direito a uma festinha na mão. E a outra na ligadura, que é como quem diz: estou cheio de vontade de arrancar isso! (isto porque é ele que anda sempre aqui de roda) 
Estão muito prestáveis. Não me deixam pegar em nada e eu, ehehehe, eu meus amigos, estou a a-do-raaaar..... Ah pois é!
 
Faço-me de mãe que está completamente nas últimas. :) Não posso fazer as camas, não posso pegar em ninguém ao colo, nem posso ter visitas de noite no meu quarto, pois com as dores não consigo dormir! E tragam isto à mãe! E levem aquilo! E preciso de miminhos! Um beijinho vinha mesmo a calhar! Entre outras coisas que vão acontecendo durante o dia!
 
Está a saber mesmo bem. Estou a tirar partido, é verdade, mas também é verdade que o pulso dói e dói bem! Nem escrever eu consigo. Já tive de assinar umas papeladas e fica tudo torto. E dar a volta à chave do carro na ingnição? Experimentem lá fazer isso com a mão esquerda! Destravar/travar o carro com o travão de mão, tirar o cinto, tomar banho, descascar tangerinas, eu sei lá... tudo e nada é uma dor daquelas!
 
Mas passa! E com uns miminhos dos meus super-filhos, ainda passa mais depressa.
 
Com isto tirei algumas dúvidas, ou melhor, tirei-lhes algumas dúvidas. É que com a incapacidade (mínima, vá) da mãe, descobriram que conseguem fazer muito mais do que fazem habitualmente. E não lhes custa nada! É por uma boa causa (assim o entendem)!
 
No entanto, ando aqui a ponderar prolongar o uso da ligadura quando a coisa estiver no sítio. É que assim garanto mais uns dias de zelo por parte deles... os meus super-filhos...

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A minha cama tem poderes mágicos!

É à conclusão que eu chego!
Eu sei como me sinto bem nela... Quentinha, confortável, cheia de almofadas. Adoro tomar um banho quente, vestir o pijama e deitar-me na minha cama. Se estiver de rastos, sei que na manhã seguinte irei acordar nova em folha. Se me doer a cabeça, não tomo comprimidos. Deito-me! Se estou triste, é nela que me encontro. Se tenho leitura para pôr em dia, adivinhem o que faço.
 
Mas não sou a única a encontrar-lhe outras funções divinas para além de dormir... Eu sei, bem sei, como é bom enfiarmo-nos na cama dos nossos pais quando somos pequenos. É a palhaçada completa, os mimos, as brincadeiras, o entrar num mundo reservado aos adultos. A cama dos pais é uma espécie de território por explorar. Um território, de certa forma, proibido. É preciso bater à porta antes de entrar no quarto. Só por si, isso aguça a curiosidade da pequenada.

E, na minha casa, não é diferente! Aliás, em casas onde há crianças há episódios de brincadeiras na cama dos pais.

Mas o melhor, o melhor de tudo, são as artimanhas que eles arranjam para não baterem à porta e para entrarem nesse território sem pedidos prévios (e quando lhes cheira que não é a melhor altura).
- Ah, e tal, dói-me a barriga... - Pronto, cama dos pais!
- Ah, e tal, dói-me a perna... - Pronto, cama dos pais!
- Ah, e tal, não consigo dormir...
 
É extraordinária a minha cama!
As dores de barriga, as dores nas pernas, a falta de sono resolvem-se imediatamente! É que é assim que metem um pézinho no colchão e puxam dos lençóis. É uma coisa espectacular!! Ainda não percebi muito bem como é que esses poderes que a minha cama tem não me servem para outras maleitas minhas, tenho que descobrir! É que com os miúdos a coisa resolve-se num ápice!
 
O que será que eu tenho de fazer? 
Pensando melhor no assunto, talvez só funcione com os filhos... Está visto! Vou ter de regressar, de vez em quando, à cama dos meus pais... talvez assim funcione comigo...