quarta-feira, 30 de abril de 2014

E vocês?

Se há coisa de que gosto e aprecio bastante é de um bom sofá. Como já vos tinha contado aqui, o meu é daqueles que está sempre a rir-se para mim. Não me deixa macerada. Não me empurra para a cama. Não me causa dores no pescoço. E com o cansaço que tenho nem me posso sentar nele por 10 minutos que seja. Pois aí, meus amigos... Aí é a desgraça total. Sento-me... e já não me levanto... Por isso, é a última coisa que faço quando chego a casa. A última coisa antes de ir dormir. Deitar-me no meu sofá.

Ora nós não nos deitamos em qualquer sofá, certo? Não chegamos a casa de alguém e pimba! Direitinhos ao sofá, pois não? Não! Mas certamente já vos aconteceu estarem sentados no sofá de alguém e sentirem alguma dificuldade em levantarem-se, certo? Pelo conforto, pelo ambiente, pelo cansaço. Por inúmeras razões. Quanto a mim, a relação que estabelecemos com as pessoas, amigos e familiares, ditam a forma como utilizamos os seus sofás. Passo a explicar.

Se estamos em casa de alguém que mal conhecemos, sentamo-nos na pontinha do sofá. De costas direitas. Braços nas pernas. E pouco mais.
Se estamos em casa de alguém que já conhecemos bem, aí já nos encostamos. Se houver almofadas ainda as ajeitamos nas costas. Cruzamos as pernas. Espojamo-nos com algum pudor.
Se estamos em casa de alguém com quem já partilhamos alguma intimidade, aíííí... aí a coisa muda de figura... Podemos, inclusivamente, tirar os sapatos e pôr as pernas para cima. Encostamo-nos. Recostamo-nos. Encaixamo-nos. E, se precisarmos, pedimos uma mantinha. Sem pudor. À vontade. Em casos mais agudos de descontação, ainda passamos pelas brasas. :)

Por isso relaciono o nível de amizade, descontração e confiança com o nível de utilização do sofá em casa das outras pessoas. Mas há casos excepcionais. Há mesmo! Como o que me aconteceu na 6.ª feira. Na Ericeira. Numa casa onde estive pela segunda vez. Com uma família cuja intimidade está num nível muito tenro de desenvolvimento.

Não passei pelas brasas no sofá. Não tirei os sapatos. Não pus as pernas para cima. Mas enconstei-me. E recostei-me. E sentei-me no chão. E encaixei-me nos cantinhos mais confortáveis. E não me levantava. Não me ía embora. A conversa fluía. O ambiente convidava. Saudável. Salutar. E sem ser preciso dizer nada fomos ficando. Construído uma relação. De amizade, claro está. Mas também com o sofá.

Se querem perceber como as pessoas se sentem em vossas casas, reparem na forma como usam o vosso sofá. Aí irão perceber:
- o nível de intimidade
- o nível de constrangimento
- se conseguem que as pessoas se sintam à vontade convosco
- o ambiente em vossa casa

E à dona do sofá da Ericeira só posso dizer uma coisa. Obrigado. :)

terça-feira, 29 de abril de 2014

A mãe da semana #3

Olá de novo! Com A mãe da semana.
 
Esta semana sinto-me particularmente emocionada com a história que vos trago. Antes de mais devo dizer-vos que não falei com esta mãe. Não lhe ouvi a voz. Não lhe vi os olhos. Não lhe senti o toque. Mas o texto que me enviou, as fotografias que partilhou e o entusiasmo em cada caratere que imprimi e li e reli, contagiou-me. E emocionou-me. Demonstrou uma grande força. De vontade. De vida. E de viver.
 
Demonstrou ter um coração do tamanho do mundo. Um sorriso do tamanho do mundo. Um colo onde cabe sempre mais um. Amor a transbordar. Demonstrou que, em cada desafio, encontra sempre uma oportunidade. E a sua história... a sua história merece este palco. E outros mais.
 
Chama-se Sofia. Tem 36 anos e é mãe de 3 crianças. Vive na Lourinhã, junto ao mar. E ser mãe a tempo inteiro era algo que desejava há muito, muito tempo. Mas as exigências da nossa sociedade não lhe permitiram realizar esse sonho logo que nasceu o primeiro filho. Também não foi possível quando nasceu o segundo. Apenas ao terceiro. E não por opção. Por obrigação. Porque este país não dá para mais.
 
A surpresa. Um parto prematuro. Um bebé especial. Uma experiência completamente nova. Diferente. Uma nova aprendizagem diária. Uma curva e uma contra curva inesperadas. Uma grande capacidade de responder às adversidades. E, assim, esta mãe começou uma nova fase na sua vida... Inesperada.
 
Levantá-los, dar-lhes o pequeno-almoço, vesti-los, prepará-los para o dia a dia e levá-los à escola (aos mais velhos), é o que caracteriza as suas manhãs. Depois, a rotina das terapias com o mais novo. O almoço e o descanso. E está passado meio dia. Uma passagem pelo computador, algumas tarefas diárias e chega a hora de ir buscar os que de manhã ficaram na escola. Seguem-se os lanches, os trabalhos de casa, as actividades que a Sofia preparou, os banhos, o jantar e o descanso dos guerreiros. Mas isto em dias bons. Porque noutros, em que o internamento do mais novo decide testar a resistência desta família, mais uma vez, as rotinas sofrem algumas alterações. Nas palavras de Sofia: fazemos os ajustes necessários.
 
A gestão doméstica alicerça-se na poupança. Faz menus semanais e tenta aproveitar as promoções. Consulta folhetos online e compra, apenas, o que é necessário. Não acumula nada. Utiliza sempre o que tem em casa, equilibrando a oferta de mercado com as necessidades que verifica. Faz fins de semana fora só em época baixa. E aqui sim: procura tudo o que é promoção.
 
Gosta de cozinhar. Decorar bolos. Ler. Passear na praia. Costurar. E são as suas mãos de fada que lhe permitem mimar a família com presentes feitos por si. Num mealheiro, juntou moedas de 2€ e, atenta às promoções, aproveitou para comprar a sua primeira máquina de costura.

O sucesso do seu trabalho é tanto que amigos e familiares incentivaram-na a criar uma página no facebook para dar a conhecer as suas criações. E, assim, nasceu a ArcoIrisDaSofia, uma página que foi mais além do previsto. Atualmente, constitui-se como meio de apoio às custas de saúde associadas ao seu filho especial. O mais novo. O que nasceu prematuramente. E o encorajamento de quem por lá passa, acaba por ser uma força motriz para Sofia. Um ponto de encontro com clientes e amigos. Um escape aos internamentos. Às notícias menos simpáticas. Aos exames complicados. Aos dias menos bons.

Nem sempre esta mãe consegue dar resposta aos pedidos. Mas muitos dos seus amigos artesãos doam trabalhos para leiloar e, assim, ajudar na angariação de fundos para ajudar nas despesas.

Passem por lá! :)

A Sofia tem um sorriso lindo. Aberto. De mãe. De mãe feliz. Tem uma família que se apoia mutuamente. Que vêm na mãe uma fonte inesgotável de optimismo. E isso, é contagiante. Mesmo!

Sofia, muito obrigado por partilhar connosco a sua história!
Comoveu-me. Sensibilizou-me profundamente. Desejo-lhe toda a força do mundo. Toda a felicidade que merece. Que os seus filhos continuem a crescer com esse suporte. Com esse alicerce que é a mãe que têm. Que os passeios à beira mar se prolonguem para todo o sempre. Que a sua máquina de costura continue a trabalhar, só pelo prazer que lhe dá. Que as suas leituras lhe permitam viajar e viajar sem parar. E que, um dia, eu a conheça pessoalmente. Gostaria muito!
 






 

 Créditos das fotos | Foram enviadas pela mãe

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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Matis Festival #2

O Matis Festival - Your Market Show, a nova sensação dos mercados de marcas portuguesas criadas a partir de casa e que tem como principal objectivo proporcionar um encontro, fora da tela, entre as mães a tempo inteiro, está a organizar-se e as inscrições para participar já terminaram.
 
São inúmeras as presenças confirmadas. Desde decoração, roupa, brinquedos, fotografia e cozinha, são várias as áreas em destaque. E, hoje, damos lugar à cozinha.
 
No dia Mundial da Criança poderão contar com a presença d'O melhor bolo de chocolate do mundo, da Brigadoce, da More than cookies, do Ás de copos e da N'Cakes.
 
Quem não conhece, ainda, esta maravilha gastronómica? Garanto-vos que é do melhor!!
 
O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo - Portugal
 
Mais do que bolinhos? Então é preciso espreitar para ver o que há por aqui... :)
 
More Than Cookies

E que tal espreitarem esta delícia de página?
 
N' Cakes
 
Bom, sobre as Brigadoce já posso falar! Já provei! E digo-vos: é de chorar por mais!!!
 
BrigaDoce.portugal
 
Para servir sumos naturais e de qualidade só mesmo um Ás!
 
Ás de Copos
 
 
Não se equeçam de marcar na vossa agenda!
Eu vou! E vocês?

terça-feira, 22 de abril de 2014

A mãe da semana #2

Depois do sucesso que foi a estreia desta rúbrica, A mãe da semana, quero começar por agradecer, mais uma vez, a todos os que estão aí desse lado, a acompanhar os Contos com amoras, a comentarem, a sugerirem, a partilharem as vossas histórias e a fazerem deste cantinho virtual um aconchego diário ao meu coração. Garanto-vos, saber que estão aí... é algo que não tem preço! :)
 
E a mãe desta semana, quem é?
É a Íris Sousa e Silva. Uma jovem mãe de 31 anos de idade, com dois filhos, rapazes, que vive em Cascais. Uma mãe com quem gostei muito de conversar. Cujos olhos, escuros, expressivos, profundos, nos envolvem sobremaneira. Com um sorriso lindo de morrer, mas tímido ao mesmo tempo. Uma mãe que me inspirou. Com quem encontrei pontos em comum e, por isso, a nossa conversa fluiu. E as fotografias ficaram espectaculares!
 
A sua história de MATI começou no ano de 2011, desde a altura em que a Íris e o marido equacionaram, seriamente, a ideia de sairem do país em busca de novas oportunidades. Sem medos, sem pressas, apenas com algumas certezas. As de que, por cá, não conseguiriam atingir os seus objectivos pessoais. E, aliada a esta vontade, surgiu o dia em que o chefe da Íris lhe perguntou se queria continuar na empresa onde trabalhava (estava na altura de renovar o contrato de trabalho) ao que a mesma responde que não. Não queria renovar. Ía embora. E, se renovasse, ficaria com a sensação de estar a ocupar o lugar de outra pessoa.
 
Mas esta humanidade, esta sensibilidade da Íris deve-se, sobretudo, à anterior experiência profissional que teve e que a marcou profundamente (pela negativa) quando se viu persona non grata num emprego em que esteve, em virtude de ter sido mãe, em 2008, e de ter regressado aos estudos. Ser mãe e enriquecer os seus conhecimentos levaram a um processo judicial. Mas a Íris ganhou-o.
 
E os seus filhos também. E a sua família. E os seus amigos. Ganharam uma nova mãe. Uma nova mulher. Uma nova amiga. Liberta. Disponível. Leve. Bem disposta.
 
Falou com o marido e juntos decidiram que a partir do final daquele contrato de 2011 a Íris ficaria em casa. E ela deitou mãos à obra. Tentou organizar-se o melhor possível. Diáriamente rege-se com listas, calendários e horários. Levanta-se pelas 6.30 da manhã, trata dos pequenos-almoços, descarrega máquinas, veste, despe, lava dentes, passeia o cão e leva o mais velho à escola.
 
Quando regressa despacha as tarefas domésticas por concluir, dedica tempo ao filho mais pequeno (que fica consigo todo o dia), dá o almoço, cumpre com a sesta e, sem dar por ela, está na hora de ir buscar o mais velho à escola e de levá-lo às actividades extra-curriculares.
 
A tarefa das refeições partilha-a com o marido, desde que o mesmo se encontre em Portugal. Mas gosta de cozinhar para dois ou três dias e poupar tempo com isso. Às 19.00, volta a passear o cão.
 
O descanso dos guerreiros dá-se pelas 21.00 e, até lá, há tempo para brincar em família. Ver alguma televisão. Contar histórias. Rir em conjunto. E quando, finalmente, está a casa em sossego, inicia um novo turno.
 
Alimentar e passear o cão. Alimentar a tartaruga. Rever agendas para o dia seguinte. Organizar quem faz o quê. Dar lugar às queixas dos músculos e fingir que presta atenção à televisão. E, na hora de dormir, o mesmo lamento de sempre: Devíamos ir para a cama mais cedo...
 
A semana é puxada, mas passa com vista ao fim-de-semana sem tarefas domésticas. Sem horários. Com esplanada. Com parque infantil. Com jogos. Com "algum" computador. O facto de fazer listas diárias ajuda-a a organizar-se e a não sair da "linha", assumindo as tarefas e o cumprimento da sua agenda como algo inadiável. Ajudando-a a aproveitar cada minuto da melhor forma.
 
Decoração é a sua área de eleição. E, por isso, gosta de, de vez em quando, renovar. Mas não compra novo! Reutiliza. Dá novas funções ao que já não usa. Vende o que já não usa. Procura soluções para o que tem acumulado.
 
Quando lhe pedi algumas dicas para partilhar com outras mães, enumerou as seguintes:
- menus semanais. Ajudam a controlar os gastos de supermercado!
- listar aniversários, épocas especiais, férias, seguros, luxos, etc. Ajudam a controlar os gastos expectáveis e a fazer esquecer as "ilusões de riqueza" do princípio do mês!
- comprar calçado durável. O barato paga-se caro!
- não correr atrás de promoções. O que leva a que se ande de supermercado em supermercado agravando outros custos. Tem apenas um cartão, o do Continente. Compra sempre as mesmas coisas, no mesmo sítio e, promoções, aproveita apenas o que vale a pena e quando vai às compras!
- férias a custos controlados. Em casa de familiares e amigos!
 
Não se lembra da última vez que foi ao cinema, mas sabe quando comprou o cabo HD que liga o PC à televisão. Lê muitos artigos e publicações científicas, mas por obrigação. Às vezes faz umas traduções em casa. E não lhe sobra tempo para grandes leituras de lazer.
 
Pedi-lhe que completasse a fase:
Ser MATi é...
Ao que me respondeu:
... pôr o MacGyver a um canto!
 
Concordo Íris! Sobretudo quando se vê confrontada com como-equilibrar-um-bebé-no-ombro-quando-aplico-eyeliner! (palavras da Íris) :)
 
Em casa abriu um negócio com o marido. Uma empresa que gere comerciais e faz network. Como a própria me disse: Somos mediadores de negócios! Imagine que tem uma empresa pequena, que precisa de exposição e clientes, mas o trabalho de comercial vai sempre ficando para trás porque não tem os contactos iniciais, porque não há dinheiro para uma equipa de comerciais de confiança, porque não há "mãos" para gerir agendas e follow up de clientes. A nossa empresa encarrega-se de gerir a sua equipa de comerciais.  Precisa de flyers, site, logo, toc, advogados... Nós adjudicamos as tarefas de acordo com o orçamento disponível: como tratamos das mesmas coisas para várias pessoas, conseguimos oferecer valores mais baixos ao cliente individual.
 
E mais não digo! (que eu não percebo nada disto)
 
Obrigado Íris. Espero que consigam cumprir os vossos objectivos. Que sejam muito felizes com os vossos filhos. Com o cão e com a tartaruga. Obrigado pela partilha. Pela simpatia. Por ter aberto o livro da sua vida. Por inspirar outras famílias que estão indecisas. Por ter sido tão humana no último emprego que teve. Por ter sorrido para mim. Por ter confiado neste projecto.

Um obrigado do tamanho do mundo.
 
 
 
 
 
 
  Créditos das fotos | Contos com amoras
Fotografias tiradas na Casa Museu Paula Rego

Calças e botas: Massimo Dutti
Camisola. Aca Joe
Casaco: Zara


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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Caça ao ovo - Ideia para pais&filhos

Este Domingo de Páscoa terá um gosto especial para mim. Como sabem, os meus filhos estão de férias há uma semana. Mas uma das condições desta viagem era que estivessem cá a tempo de almoçarmos no Domingo. Por isso, já estão mesmo a ver... :)
 
Páscoa = ovos | Filhos = Saudades. Tinha de fazer alguma coisa!
 
Aproveitando o facto do meu prédio ter um jardim privativo, arquitectei uma caça ao ovo. Mas uma caça com base num jogo de correspondência. Ou seja, arranjei um ovo de chocolate para cada um e amêndoas coloridas. Dois sacos, imprimi as imagens abaixo e agora a explicação.
 
Um saco é destinado às imagens que terão de corresponder para encontrarem os ovos. No outro as imagens correspondentes às amêndoas.
 
Escolhi os seguintes símbolos:

 
Imprimi-os três vezes.
Recortei-os em quadrados.
Coloquei um de cada num saco.
Coloquei um de cada num segundo saco.
Colei um símbolo num ovo e outro símbolo nas amêndoas.
 
(Eu tenho três porque à festa vou juntar o meu sobrinho. Devem imprimir de acordo com o número de crianças envolvidas na caça)
 
Vou espalhar os ovos e as amêndoas pelo jardim.
Cada criança irá tirar um símbolo de cada saco.
Imaginem que a um deles sairá do saco dos ovos o coração e no outro sairá o smile. Terá de procurar o ovo com o coração e as amêndoas com o smile.
 
Vamos ver como vai ser.
Depois conto!
 
Uma Santa Páscoa para todos!

Caça ao ovo

Tal como tinha prometido, hoje trago-vos as fotos da caça ao ovo arquitectada por mim para celebrar, por um lado, o regresso dos meninos (depois de uma semana de férias com os avós), por outro, a Páscoa. E tudo de bom que esta época trás à nossa infância. Memórias doces. Memórias feitas de chocolate. E amêndoas. E ovos. E coelhos. E folares. E cabritos. E tudo o que é típico em cada família. Em cada zona do país.
 
Aqui disse-vos o que ía fazer. E assim foi. Um pequeno miminho que lhes soube pela vida.
Espero que a vossa Páscoa também tenha sido muito doce.
 


As vítimas da caça


O início da caça. Primeiro, em conjunto


Depois, ele foi para um lado


E ela foi para o lado oposto


Será que está por aqui?


Encontrei! Encontrei!


O mais pequeno precisou de uma ajudinha


Eeeehhh!!


A comemoração final!
Eles adoraram a brincadeira!
E não deu trabalho nenhum!

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Quando os filhos não nos ligam...

Férias!
Férias da Páscoa!
E os meus filhos que foram de férias com os avós!
E eu que pensei que ía fazer mil e uma coisas enquanto estivessem fora.
E eu que ainda nem arrumei os brinquedos que deixaram no chão da sala quando foram embora na passada 5.ª feira!
E as saudades que apertam!
E no quarto deles nem se correm as persianas!
E a falta de agitação faz-me confusão.
E que não me apetece estar em casa!
E que não me apetece andar na rua!
E todos que me dizem: Esta semana é só namorar!
E todos que me dizem: Ai que bom! Aproveita!
E o telefone que não toca!
E eu que telefono e eles nada!
E quando alguém atende, estão sempre ocupados!
E é tentar arrancar-lhes uma palavra!
E eles que não querem falar connosco...

E é amá-los assim, perdidamente.
E é serem alma, e sangue, e vida em mim!
E é dizê-lo, cantando, a toda a gente!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Matis Festival #1

O Matis Festival - Your Market Show, ainda não aconteceu e já está a ser um sucesso. São inúmeros os pedidos de participação. E, por isso, o Contos com amoras começa hoje a dar voz aos participantes já confirmados.
 
Começamos com a fotografia. Estarão presentes dois fotógrafos para registar os melhores momentos deste que será, certamente, o primeiro de vários encontros. O Photography Ponto de Luz e o SOL.CACTO.photography.
 
https://www.facebook.com/pages/MATIS-Festival-Your-market-Show/485961891529477?fref=ts
Responsável pelo photoshooting
https://www.facebook.com/pages/MATIS-Festival-Your-market-Show/485961891529477?fref=ts#!/sol.cacto.photography?fref=ts
Responsável pelo registo de todo o evento

Um irá registar todo o evento. O outro, irá fazer sessões fotográficas a todos os presentes. Gratuitamente! :)
 
Evento que é evento, encontro que é encontro, não passa sem registo fotográfico. Bem feito, de bom gosto, com técnica, no momento certo. Aprumem-se! Aperaltem-se! É que além de divertido, o Festival estará cheio de mães e filhos com pinta. Como vocês! Eu também vou lá estar e, quem sabe, a minha amadora máquina fotográfica não vos apanhará para a reportagem aqui no blog! ;)

Marquem na vossa agenda!
Eu vou!
E vocês?

terça-feira, 15 de abril de 2014

Caso hoje às 2 da tarde!

Foi o que respondi à minha vizinha, há 14 anos atrás, quando a mesma se apercebeu da agitação na minha casa. Um entra e sai nervosinho, uma tenda montada no quintal, os carros lavados, os carros estacionados à porta, e no passeio, e à porta dela. A mesa montada. E as cadeiras. E as floreiras no lugar. A carrinha do serviço de catering e a caracterização dos empregados de mesa.
 
A chuva que ía e vinha. O sol que vinha e ía. E a florista que entretanto tinha chegado. E a cabeleireira que nunca mais chegava. E eu que fui ao carro buscar qualquer coisa. E o grito que veio dentro de casa: Onde é que vais?
Calma, que não vou fugir! - pensei.
 
Às tantas senti-me uma observadora fora da tela. Via tudo a acontecer à minha frente e nada me afectava. Tudo iria resolver-se por bem. Estávamos todos a trabalhar por isso. Nada de nervos. Havia tempo. Casaria da parte da tarde. Tantos meses a programar as coisas para meia dúzia de horas. Tanta gente envolvida no nosso sucesso pessoal. Em fazer do nosso dia de casamento, um dia memorável.
 
Acho que nunca agradeci a todos os familiares o empenho. Mas espero que os 14 anos que celebramos hoje seja a prova de que valeu a pena o investimento.
 
 


 


Marido:
14 anos depois, 2 filhos depois, tantas experiências depois, ainda tens o dom de me surpreender.

A mãe da semana #1

A estreia desta rubrica só podia acontecer da melhor maneira. E com quem? Com uma das mães mais empreendedoras que conheço em promover o estatuto de Mãe a Tempo Inteiro (MATI), que se lançou neste mundo virtual através da criação de um grupo com o mesmo nome no facebook e que conta já com cerca de 3000 membros.

Uma jovem mãe (linda de morrer) de uma doce menina que, ao nascer, trouxe consigo um admirável mundo novo a um jovem casal que se estreava assim na maternidade/paternidade.
 
Falo-vos da Raquel Pina, de 28 anos, que vive em Cascais. Uma designer cheia de estilo, que utiliza a imagem como meio de comunicação privilegiado. Uma mãe que imprime mil e um cuidados em tudo o que faz. Bom gosto. Dedicação. E simpatia. Abriu a porta de sua casa ao Contos com amoras, a esta rúbrica, e a mim. E, por isso, o meu primeiro agradecimento.

A Raquel é MATI primeiro, por obrigação. Segundo, por opção. E eu passo a explicar. :) Trabalhava numa empresa como designer quando engravidou. Até aqui tudo bem. Gozou a sua licença de maternidade até aos 3 meses sem qualquer incidente. Mas a 1 mês de regressar à empresa recebeu a notícia que a mesma ía fechar.
 
De imediato percebeu que iria ser MATI, mas também não demorou muito a optar por sê-lo. Tantas eram as descobertas diárias nesta sua nova condição. Poderíamos dizer, neste caso, há males que vêm por bem.
 
Por enquanto, só tem uma filha e o tempo de que dispõe é-lhe dedicado na totalidade. As manhãs são passadas em casa, ao ritmo da menina. Depois do almoço, a tradicional sesta, o tradicional passeio e as tradicionais actividades de pintura e leitura. À noite, o merecido descanso.
 
Para Raquel as dúvidas que surgem têm apenas uma resposta: seguir o instinto de mãe. E é esse o principal conselho que partilha com outras mães e futuras mães. Não segue receitas. Acredita que a relação de mãe e filha deve balizar-se pelo respeito mútuo. Que a criança é um futuro adulto e que é de pequenino que se aprendem as regras fundamentais para o resto da vida.
 
É apologista da experimentação. A sua filha tem a oportunidade de explorar os cantos à casa, sob a sua supervisão, mesmo que isso implique alguns riscos. Mas tudo controlado, obviamente! Desde que explicados às crianças, na sua linguagem, as mesmas compreendem o que podem ou não fazer. É esta a sua visão das coisas que, pelo seu testemunho, resulta! Mesmo que isso contrarie opiniões mais maduras (nomeadamente a dos avós).
 
Ouvir Jack Johnson e AYO é algo que lhe dá prazer. Isso e ler blogs, revistas e livros de arte. Investe os seus tempos livres em trabalhos manuais. Mas o melhor de tudo é estar em família.
 
Pedi-lhe que completasse uma frase:
Ser Mãe a tempo inteiro é...
 Ao que respondeu:
... sentir os filhos de perto, ter pouco tempo para si mesma, mas ser-se muito feliz!
 
Em casa esta mãe criou uma empresa, a Pêra Doce. Uma marca a que se dedica sem pressas, sobretudo porque o bichinho do design não a deixa. Cria logotipos, convites para eventos, layouts de ementas, catálogos, cartazes e tudo o que implicar imagem. E, acrescento eu: bom gosto!
 
Fora de casa, lançou um desafio às mães a tempo inteiro. Este! Provando, assim, que a maternidade pode ser uma oportunidade!
 
A Raquel é muito bem disposta. Muito calma. Muito cheia de pinta. Bem como a sua filha. Estar com ela foi um prazer! E eu não tenho palavras para agradecer-lhe!
 
Créditos | Daniela Sousa Photography



Créditos | Daniela Sousa Photography

Créditos | Daniela Sousa Photography

Créditos | Daniela Sousa Photography

Créditos | selfie

Créditos | foto em família

Créditos | Contos com amoras
 


Créditos | Contos com amoras


Créditos | Contos com amoras
Créditos | Contos com amoras
Grinalda de bandeirinhas de tecido: De trapo em trapo
Grinalda de corações em tecido: De trapo em trapo
 Vestido azul de menina: Laranjinha
 
 
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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Matis Festival - 1.º Festival a pensar nas mães a tempo inteiro


É esta a imagem de marca do 1.º Matis Festival - Your Market Show, um encontro a pensar nas mães a tempo inteiro, que terá lugar no Dia Mundial da Criança, nos jardins do Palácio Anjos em Algés. Um encontro que se pretende muito animado, a pensar nas crianças e nas mães que lhes dedicam todo o seu tempo. A pensar na promoção dos maravilhosos trabalhos que surgiram das mãos de mães criativas e empreendedoras que viram na sua condição uma oportunidade de dar asas à imaginação.
 
Um encontro que surgiu da necessidade de cruzar saberes de experiência feito  entre as mães que fazem parte do grupo do facebook Mães a tempo inteiro, criado em 2013 pela Raquel Pina, uma mãe que se viu forçada a ser mãe a tempo inteiro, mas que acabou por adorar e optar por sê-lo.
 
Um encontro que terá uma oferta imensa para mães e filhos. Fotografia, animação infantil, teatro, hora do conto, degustação, zumba, etc., etc. e que, claro, faz todo o sentido que aconteça no Dia Mundial da Criança. (já têm aqui programa para esse dia que, ainda por cima, será Domingo!)
 
Design | PêraDoce
 
Como não podia deixar de ser, o Contos com amoras associou-se a esta bela ideia e, a partir de hoje e até dia 01 de Junho, vai dar espaço a todos os que participarem neste evento que se adivinha um grande sucesso. Garanto-vos!
 
Não se esqueçam de visitar a página do evento! Não se esqueçam de fazer "gosto", pois as boas ideias merecem o nosso apoio!
 
Eu vou!
E vocês?

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Mães... vivemos livres numa prisão...

Como eu gostava de poder ter férias.
Como eu gostava de poder descansar quando realmente preciso.
Como eu gostava que os períodos escolares não ditassem a minha vida.
Como eu gostava de não ter que programar os meus tempos de lazer em função do mês de Agosto.
Como eu gostava de não me sentir angustiada sempre que a escola pára.
Como eu gostava de não sentir a ditadura de um regime de pausas forçadas.
Como eu gostava de ser livre.
Como eu gostava de não viver nesta prisão.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Pegar a vida pelos cornos!

Hoje os Contos abriram a porta de casa para receber uma das bloggers de moda mais coerente do panorama nacional. A Paula Lamares do Fashion Heroines. Uma mulher cheia de estilo. Personalidade. Com o dom da palavra. Com quem tenho aprendido imenso sobre moda. Aquela moda que o comum dos mortais vê na televisão e diz: como é que alguém pode gostar disto?!? Com um esgar parecido a quem acabou de comer um limão. No seu blog a Paula Lamares fala do que sabe. Não se faz entendida. E é por isso que tem tanto sucesso. E é por isso que gosto tanto dela.
 
É para mim uma honra ENOOORME tê-la cá em casa. Nesta casa virtual que estabelece pontes sem fronteiras com quem por aqui passa. E não! Este não é um blog de moda! Mas é um blog com as portas abertas a quem quiser partilhar ideias. Ainda por cima o texto que a Paula nos trouxe é, para mim, 100% bem escrito. 100% realista. 100% optimista. 100% Paula Lamares. Leiam, e confirmem o que digo. :)
 
"Pegar a vida pelos cornos
 
Sou Paula Lamares, tenho o blog Fashion Heroines, sou viciada em moda desde os meus 12 anos e há 12 segundos que não bloggo. A minha vida ficou muito facilitada com o surgimento da internet, pelo que deixei de passar fome para comprar revistas de moda estrangeiras. Para além de tentar falar sobre moda, gosto de escrever, aliás, gosto muito de escrever  sobre tudo e mais alguma coisa. Pelo que aceitei o desafio da Cláudia em criar uma espécie de crónica para o Contos com Amoras. Não sei se estou à altura do desafio, mas este é o meu estilo!
 

O mood do dia é: Pega a vida pelos cornos! Acordei assim, depois de uma noite mal dormida, da chuva que cai incessante desde o ano passado e de não ter cheta no bolso para adquirir os “Dez básicos essenciais que não podem faltar no closet esta primavera”. Pegar a vida pelos cornos é uma espécie de lema de vida, mais do que uma forma de pensar é um lifestyle. Por exemplo, quem pega na vida como se fosse uma coisa mole e viscosa, tem tendência a ver sempre a garrafa meio vazia e a culpar o governo por todas as desgraças que lhe acontecem. Geralmente, vivem de subsídios ou têm um trabalho insípido que não arriscam a perder a não ser por um subsídio. Mas, quem pega a vida pelos cornos é otimista, não deixa o seu destino por mãos alheias e vai à luta, ignora os telejornais e, consequentemente, as tretas do governo que só servem para amolecer a vontade, preferindo as crónicas nonsense de gente bem-disposta em sites cool.  
Mesmo que a vida seja igualzinha e os problemas que se enfrentam muito semelhantes, ver as coisas de uma diferente perspetiva faz toda a diferença. Para quem pega a vida pelos cornos, Abril é o mês das comemorações: da Liberdade e da concretização das aspirações de um Povo, da contagem decrescente para o Verão, do renascimento da natureza, depois de um longo período de reset, rumo à exuberância de todos os inícios. Para os outros, Abril é simplesmente o mês do IMI.
As pessoas que pegam a vida pelos cornos gostam de si próprias e quando não podem andar seminuas (mesmo que não andem, a atitude é como se andassem), vestem animal prints, leopardos e tigresas (mesmo que não usem, a atitude é como se usassem), sendo que o seu estilo é, depois, copiado por aquelas pessoas que seguem a moda. As outras preferem vestir dos pés à cabeça em tons terra, acham que o preto é muito berrante, pintam as unhas de transparente e adoram a maquilhagem que não se note nada que usam maquilhagem, mas só em dias especiais, como batizados e funerais.
Entre umas e outras há, ainda, as que seguem a moda como se fosse uma religião sem alma e, como todas as beatas, praticam mas não pensam, cheiram ao mesmo e copiam os looks tal qual das montras da Zara e similares. Desta última espécie de gente, confesso, tenho sempre algum receio porque não são carne nem peixe, têm um medo medonho de viver a fundo, de deixarem de respirar na próxima esquina. Passam os dias submersas em mitos urbanos e no ruído de fundo que é a opinião dos outros. Não comem um queque sem contar as calorias, sacrificam-se pela cruz da suposta beleza que idealizam, mas, depois, não são capazes de ter coragem para assumir atitudes, limitam-se a fintar a verdade e acham que assim fazem pegas ao destino.  
 
Créditos das imagens: www.manrepeller.com

 
As pessoas que pegam a vida pelos cornos, pelo contrário, são sempre belas, porque irradiam aquela luz fantástica que surge de repente após dias de chuva cerrada. As pessoas que deixam andar, à espera que o tempo resolva, têm o olhar entristecido e a boca sombria de rugas como vírgulas de ambos os lados, ao estilo das velhas carpideiras e estão sempre rodeadas de novíssimos amigos (que os antigos já não as aturam), quase todos do facebook, para onde descarregam posts patéticos, repletos de amargura, queixinhas, invejas e outras dissertações sobre como a vida pode correr tão mal!
As pessoas que pegam a vida pelos cornos têm sex appeal e atraem homens e mulheres como moscas. As outras são as moscas. São uma espécie mais evoluída do Homo Sapiens emocional. Que não sorriem (a não ser que estejam chateadas). Antes soltam contagiantes gargalhadas que chegam a estridentes quando a conversa envolve ex-namoradas do atual. As outras fazem do ciúme um acessório clássico como se fosse uma mala Chanel. Gostam de conjugar o verbo “parvar” e passam os dias a titubear músicas da Adéle com voz de queixume. A minha sorte é que quando eu tinha idade para ser parva e dizer coisas parvas, não havia ainda a possibilidade de registar tudo em vídeos virais através do youtube. Agora as pessoas parvinhas não têm a vida nada facilitada.   
Quando nascemos, a genética e o meio são uma espécie de lotaria. Essa é só uma meia-verdade, o argumento preferido dos que nunca fizeram uma pega de caras. É sempre possível mudar a nossa forma de pensar e, principalmente, de agir. Se olharmos sempre para a ponta dos nossos pés, inevitavelmente, só veremos formigas, mas se olharmos para cima descobrimos pássaros de linda plumagem e homens acima de 1,80m.
Não quer dizer que quem pega a vida pelos cornos não tenha medo. Tem! E muito! Mas a confiança de que é possível superar obstáculos e continuar a correr a maratona dos dias difíceis, é superior a todos os receios. Sobretudo, chegar à meta é muito menos importante que a viagem até lá.
Hoje é um dia excelente para começar a virar do avesso o seu olhar sobre as coisas por mais banais que sejam. Olhe para uma banana como se nunca tivesse visto uma banana e aplique isso a todos os objetos que a rodeiam como se os visse pela primeira vez. Se tiver acima dos 45 anos é possível que julguem que está com início de Alzheimer, mas veja isso como um teste à sua autoestima. Depois de fazer este exercício, faça o mesmo com o caminho que percorre todos os dias a pé. Olhe para tudo como se fosse um viajante (e não um turista que esses perdem tudo enquanto tiram fotos) num país estranho. Depois, passe para as pessoas, família, amigos, colegas de trabalho, faça perguntas como se tivesse 5 anos, envolva-se, preocupe-se, elogie, toque, abrace…
Durante este processo é possível que as pessoas julguem que enlouqueceu de vez… não se preocupe. Explique que está a fazer um detox de vida e a estudar a ciência das pegas de caras. As pessoas vão ficar confusas e curiosas, pelo que pode sempre aconselhá-las a ler este post no maravilhoso blog Contos com Amoras e, se não der resultado, ao menos a Cláudia consegue aumentar as visitas."
Paula, obrigado.