segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Isto não é um adeus. É um... até um dia destes...

Porque não podemos dizer "desta água não beberei".
Porque andava a pensar no assunto e sentia-e dividida entre o "continuo a escrever" e o "não continuo a escrever".
Porque nem sempre tenho a certeza do que faço por aqui.
Porque às vezes estou cheia de genica e outras nem por isso.
Porque tenho andado mais na página do FB.
Porque me faltava vir cá fechar a loja.

Obrigado aos que me acompanharam.

Beijinho nos vossos corações.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

A padaria da minha vizinha

Quem segue o Contos com amoras no facebook, sabe que tenho uma vizinha muito empreendedora que, sozinha, decidiu abrir um negócio, contrariando a corrente negativa do mercado. Abriu uma padaria e a sua simpatia e, também, a nossa relação de boa vizinhança, resultou em algo que não tem preço. A minha vizinha, todos os dias, mas todos os dias mesmos, traz-me pão. Bate-me à porta, depois do dia cansativo que teve, e ainda me estende as mãos com um saco de pão e um sorriso. Atenção que não falo de encomendas, não! Ela oferece-me pão. E digo-vos: é mesmo pão a sério!! Não é daquele que no dia a seguir parece plástico. É pão que se mantém fofinho durante uns dias. É pão com cheiro. É pão com sabor.

Eu já adivinhava que o espaço da padaria só poderia ser assim uma coisa gira. E ontem decidi confirmar. Além de giro é muito, mas muito acolhedor. Convida à troca de dois dedos de conversa e, ainda por cima, podemos tomar lá um café acompanhado de qualquer coisa boa que a minha vizinha vende. O difícil é escolher. Eu cá comi um pãozinho de queijo e os miúdos foram para o pão com chouriço.

Atentem.














Além desta variedade, ela ainda elege todas as semanas um pão de um país diferente e faz disso a sua bandeira. Depois ainda há pão sem glúten, pão quente a determinadas horas do dia, pão alentejano (que é difícil de encontrar daquele mesmo bom), pão com sementes (todas e mais algumas), pão com azeitonas, pão com passas, pão com ervas, pão do caco, bolachas caseiras e uma doçura imensa no atendimento.

Spica - pão do mundo, é um convite a conhecer receitas nacionais e internacionais, várias qualidades, formatos e aromas de pão que se come pelo mundo fora, pode ler-se na página do facebook. Passem por lá e façam gosto. É sempre uma alegria para quem trabalha com alma. :)

Ah, é verdade! Para quem me perguntava ontem no face, fica em Paço de Arcos. Na Rua Costa Pinto. Mesmo ao pé do mercado e a caminho dos antigos cacetes. Passem por lá. Digam que vão daqui. E depois contem-me como foi. Garanto-vos que vão gostar e vão ficar fãs. :)

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Fui apoiar os heróis



No sábado lancei o desafio lá em casa:
- Quem quer ir comigo amanhã ver a maratona?
E logo ela disse que queria. E logo ele disse que não queria.
E assim foi. Domingo de manhã levantámo-nos cedo (todos, aliás), mas nós duas tomámos o pequeno-almoço e pusémo-nos ao caminho. Primeira paragem: Santo Amaro de Oeiras, completamente recuperada da tempestade do dia anterior. Quando chegámos já tinham passado os primeiros atletas, mas ainda estava tudo no principio. Devo dizer-vos que foi emocionante. As pessoas pediam-nos apoio. Que os aplaudíssemos e puxássemos por eles. Esticavam o braço para baterem nas nossas mãos. Uma espécie de "dá cá cinco" que lhes dava força. E sorriam. Piscavam-nos o olho. E agradeciam-nos. Via-se mesmo que era importante terem o apoio de quem estava a assistir. Pessoas completamente estranhas, mas solidárias. E nós duas fizemos esse papel. Encontrámos a Sónia, do Cocó na fralda, que ia acompanhada de seu marido e que ao reconhecer-me ainda me mandou um grito, pois eu estava à espera de vê-la, mas na hora H se não fosse ela a gritar tinha-me passado. Também vimos a Ana, a Pipoca mais doce, acompanhada do seu Arrumadinho  e de uma equipa de reportagem na NiT. Por nós ainda passou um colega meu do trabalho que gritou o meu nome e mais duas ou três caras conhecidas. De resto, muitos, mas muitos estrangeiros. Franceses, ingleses, italianos e, pasmem-se, gregos. Muitos gregos. Com direito a claques, bandeiras e cânticos de apoio.

Pegámos no carro e fomos até Belém. De novo o entusiasmo dos que assistiam a puxar pelos que corriam. E as pernas já davam sinal de cansaço. Muitos abrandaram o ritmo e perderam-se dos grupos em que corriam inicialmente. Muitos continuavam a pedir-nos apoio e nós demos. 

Foi emocionante. Gostei imenso. Fez-me lembrar da São Silvestre em que participei e em que também muitos estranhos puxaram por mim. E de como isso foi importante.

Deu-me vontade de fazer a maratona para o ano que vem. Não consegui assumir isso como um compromisso, porque correr 42 km... não são 420 metros... Mas penso que a corrida do Tejo poderá ser um desafio a pôr na agenda... vamos ver.

Não deixem de participar. A correr ou a assistir. Vale mesmo a pena.

Adoro... adoro... (ironia, meus queridos... ironia)

Chegar ao trabalho e encontrar um colega, o do costume, a meio de um telefonema que se demonstrou muito divertido. Receber um piscar de olho em jeito de cumprimento e depois de terminado o telefonema dizer:

- Bom dia! Tudo bem? 
- Nem por isso. (fiquei preocupada)
- Então o que se passou? Algum stresse no fim-de-semana?
- Não... é que ainda hoje é 2.ª feira e eu já estou cansado... (com uma voz a arrastar-se, completamente contrária à voz efusiva do telefonema)

E é isto. Quando vos digo que não é o trabalho que me satura, é por causa disto. E não só! Mas muito por causa desta postura do O mundo gira à minha volta e eu sou um desgraçado(a) e tudo conspira contra mim e eu mereço muito mais e eu e eu e eu...

Bom dia.
Que a semana seja um desafio e não uma tormenta.
Tudo depende da força de vontade de cada um.
Beijinho no coração.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Coisas boas

Ele: Posso dormir na tua cama?
Eu: Não.
Ele: Então posso ir contigo para a tua cama?
Eu: Não. Depois adormeces e a mãe não pode contigo ao colo.
Ele: Não podes?
Eu: Não.
Ele: Já estás velhinha?
Eu: Já.
Ele: Não estás nada! Estás é fraquinha. (a rir-se)
Eu: Achas mesmo?!? (fiz um ar muito indignado)
Ele: Então se ainda estás forte... posso ir para a tua cama...