segunda-feira, 25 de maio de 2015

5 anos depois...

Ainda continua a parecer mentira.
Ainda penso em pegar no telemóvel para lhe ligar.
Ainda tenho o seu número de telemóvel.
Ainda ouço a sua gargalhada contagiante no meu ouvido.
Ainda sinto a sua presença nos lugares onde fomos felizes.
Ainda comemoro o dia do seu aniversário.
Ainda sinto aqueles braços onde todos cabiam.
Ainda sinto o cheiro do seu regaço.
Ainda sinto o sabor dos seus cozinhados.
Ainda a ouço cantar as modas alentejanas que sabia de cor.
Ainda tenho vontade de ir a sua casa, ao seu encontro.
 
Ainda não acredito.
 
5 anos depois da partida da minha querida tia, ainda não consigo acreditar que as pessoas boas partem assim. Tão cedo. A sua missão ainda estava a meio. E a ausência tem-se transformado em saudade. Numa sôfrega saudade que me rasga por dentro. Que me embarga a voz. Que me embacia a vista. Quando menos espero. E, sobretudo, nos momentos mais felizes da minha vida. Aqueles em que eu queria que ela estivesse presente. Aqueles pequenos grandes momentos que a moviam, que a faziam acreditar na vida, que nunca a demoviam por qualquer outra obrigação.
 
A saudade.
Essa é demais.
E não passa. O tempo não é nosso amigo.
É apenas um ingrato de um parceiro que, por vezes, faz parecer tão longe e, outras vezes, faz parecer que foi ontem que partiu.
 
Saudades tia. Muitas saudades.

2 comentários:

  1. A nossa memória ajuda-nos a deixar que os que partiram continuem entre nós. As saudades são um reflexo dessa memória.

    um abraço,

    http://bolas-desabao.blogspot.pt

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    1. Olá Sónia. Clique ali ao lado, no meu livro, vai ver o que penso sobre este assunto. :)
      Beijinho no coração e obrigado pelos comentários.

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