quarta-feira, 9 de julho de 2014

Locais onde fomos felizes - Praia do Carvalho

Estivemos fora uma semana. Para descansar. Para celebrar. A vida.
Fomos para o Algarve. Mas não para o "nosso" Algarve. Desta vez virámos à direita quando acabou a auto-estrada e fomos parar ao Alvor. Uma novidade para nós.
 
Nestas coisas da Geografia costumo confiar no meu marido e, francamente, não me preocupo com nada. Mas, desta vez, fiz questão de olhar para o mapa e tentar perceber onde estava... mais concretamente. E feliz fiquei quando percebi que estava perto de algumas das prais mais bonitas e paradisíacas do nosso país e que já tinha tido oportunidade de visitar. Em tempos idos. Pois este, não é o "nosso" Algarve.
 
E porque gosto de partilhar o que me faz feliz e os sítios onde fui feliz, trago-vos algumas imagens da Praia do Carvalho. Um verdadeiro tesouro da natureza. Um verdadeiro desafio à nossa natureza. Uma pequeno paraíso na terra. Fica na freguesia da Praia do Carvoeiro, no concelho de Lagoa. E forma uma baía rodeada por uma formação geológica tão interessante que para lhe pormos os pés em cima precisamos de atravessar um pequeno corredor ou como o meu filho lhe chamou "uma gruta". É esta a única passagem.
 
Ficámos na praia do Carvalho até o sol de pôr. Como em tempo idos, quando não tínhamos filhos. E é destes momentos que mais gosto no Algarve. Os fins de dia nas praias quentes. O abraço que o sol nos dá antes de se deitar. Um abraço quente que envolve os nossos corpos desnudos e abertos a recebê-lo. Que ilumina o nosso sorriso e acentua a felicidade estampada no nosso rosto. E os olhos. Os nossos olhos ganham uma luz tenacidade com a alegria. E vivemos em família momentos únicos. Irrepetíveis. Que um dia irão acabar. Quando eles crescerem e não quiserem ir connosco.
 
Vivo estes momentos a pensar nisso. E, assim, tenho a certeza que aproveito esta espécie de sunset familiar da melhor maneira.
 
Quem diz que há uma praia linda lá em baixo?
Cá de cima não se consegue ver nada!
 
A família em repouso.
Sim, temos de descer mais de 100 degraus. E subi-los, na volta... Mas, garanto-vos, vale a pena o esforço.
 
 
É este o tal corredor esculpido nas rochas. É por aqui que entramos e saímos.
Os degraus são irregulares e, em algumas partes, muito íngremes. Com crianças dá muito mais trabalho.
 
A porta do Alibábá. É assim que penso nesta entrada.

As águas são frias, mas de uma riqueza extraordinária.
Vale a pena levar óculos e mergulhar para ver o que escondem.

Este balcão é uma espécie de bar. Lembra-me a cidade de Bedrock. E eu sinto-me a Wilma.

Reparem na falésia. Tem esculpidos degraus.
Atinge uma altura de 6 metros e os mais aventureiros mergulham lá de cima.
Ir para esta praia tem vantagens e desvantagens, claro. Poucas pessoas. Logo, lugar para estacionar! Tranquilidade e espaço para pôr as toalhas e as crianças darem asas à imaginação sob a nossa supervisão. Como é delimitada pela falésia em forma de meia lua, não há perigo de ninguém se perder. Somos visitados, constantemente, por barcos que fazem o circuito das grutas. E por outros, maiores, que só costumamos vê-los aqui. E o senhor da bolinha vem de manhã e à tarde.
 
Desvantagens. Não tem vigilância nem posto de primeiros socorros. Não tem nenhum bar, nem nenhuma casa de banho. Rezo sempre para que não surjam cocós de urgência ou alforrecas que ataquem a minha menina, como aconteceu na Praia Verde, há dois anos, e onde foi prontamente assistida. E, depois, claro que é a brincar o que vou dizer, mas não é a brincar que penso nisso: se algum dia cair uma pedra que nos tape a passagem, lá teremos de esperar que nos venham buscar de barco... Ah, a rede de telemóvel também é fraquinha, fraquinha. Mas está melhor! Há uns anos atrás não se conseguia falar com ninguém.
 
Confesso que falar desta praia, assim, no blog, é um grande passo para mim. Durante muito tempo não falei dela a ninguém. Queria preservá-la o mais possível. Guardá-la o mais possível só para nós que a conhecemos desde o tempo em que éramos só dois. Mas isso não faz sentido. Se a conheço é porque a minha querida amiga Carla, de Santarém, me falou dela. E os amigos são assim. Gostam de partilhar o que os fazem felizes!
 

2 comentários:

  1. Aí se a inveja matasse estavas a sentir umas picadinhas! !!!! Ainda bem que gostaram

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    1. Ah bom! Agora percebo as pontadas que senti nas costas! Ahahaha! :)

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