segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Palavra de mãe!

Foi assim... Apareceu ao pé de mim de rompante como se tivesse começado a III Guerra Mundial...
 
- Mããããe! (a chorar baba e ranho) O "pimo" diz que eu sou feio!
- Não és nada, amor! És lindo! (e desapareceu)
 
30 segundos depois...
 
- Mãããe! O "pimo" ainda disse "óta" vez que eu sou feio!
- És lindo, lindo! Não és nada feio!
 
5 segundo depois...
 
- Vês! A minha mãe disse "pimo"! Eu sou lindo!
- Ai não és não!
- Mas a minha mãe disse!
 
Decidi intervir...
 
Um pequeno episódio que me recorda aquilo que, em tempos, também eu senti! Cada palavra dita pelo meu pai era a mais pura das verdades. Se ele dizia que era assim era porque era assim. Se ele dizia que não era assim, então não era assim!
 
Certamente que também passaram por isto! E o que é giro é ver como as coisas se repetem. Tudo o que vivemos na nossa infância, as certezas, as incertezas, repetem-se na infância e no desenvolvimento dos nossos filhos. São inúmeras as situações que observo neles e em que me revejo. E esta é, sem dúvida nenhuma, uma das mais marcantes. Daqui a descobrirem que nem sempre o que os pais dizem é uma verdade absoluta, ainda vai algum tempinho... O pior será quando o descobrirem...
 
Aí irá acontecer como me aconteceu...
 
Já não serei mais a rainha dos seus universos, pois irão descobrir que também tenho falhas...
Já não serei mais a heroína que tem uma capa esvoaçante, pois descobrirão que também tenho os meus limites...
Já não serei mais o remédio para todos os males, pois também irão perecebr que nem sempre tenho a cura certa para mim...
 
Aí, a minha palavra será desvalorizada. A minha presença será menosprezada. A minha preocupação será gozada. Mas eu, como mãe, dou-vos a minha palavra: um dia irão regressar a mim, certos de que palavra de mãe vale mais que mil tesouros escondidos no fim do arco-íris...

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