terça-feira, 9 de setembro de 2014

Querem saber o que ando a fazer?

Falei-vos aqui da importância de acreditarmos em nós. De não nos habituarmos ao que não nos faz feliz. De não nos deixarmos levar pela célebre frase de Carlos Drummond de Andrade "A vida cansa" e, por estarmos cansados, desistirmos. Pois só nos cansamos do que não nos deixa viver a vida  com prazer. E estar cansado não é um prazer.

Falei-vos, em vários momentos, que estou em contagem decrescente para um projecto pessoal em que tenho trabalhado nos últimos meses. Porque estava cansada de esperar. Porque a partir de determinado momento esse, o projecto, queria saltar da gaveta e ganhar vida. Só por isso. Só por mim.

Não há nada na vida que me preencha mais do que ver o meu entusiamo por qualquer coisa plasmado na cara dos que me rodeiam. Dos meus amigos e familiares. Dos que me acompanham nas minhas aventuras. Não há nada que mais me deixe feliz, que ver os meus filhos vibrarem com o que eu faço. Com os meus textos. Com um bolo cozinhado por mim. Com uma surpresa ao final do dia. Porque eu sou assim. Alimento-me dos outros. Do bem estar dos outros.

E, por isso, revelo o que aí vem. Um livro. É isso! Um livro.

Vou publicar um livro infantil intitulado "Onde está a avó?". Um livro a pensar num dos temas mais dolorosos para quem tem filhos. Explicar o desaparecimento de alguém a uma criança. Quando, no fundo, é simples entender que a morte faz parte da vida. Por mais que uma pessoa não queria aceitar.

Vou realizar um projecto que me preenche. Que é, sem dúvida, dar forma ao que mais prazer me dá. Dar corpo. E vida. À alma que há em mim. Com cabeça, tronco e membros. Algo palpável. Com o meu nome. Um legado que deixarei aos meus filhos. Para poderem responder aos meus netos quando, um dia, perguntarem Onde está a avó?, o seguinte Ela deixou-vos uma carta escrita a dizer-vos onde está.
 
E, com isto, até me arrepio.

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