sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Descasamento marcado!

Infelizmente conheço já alguns ex-casais.
Ora pela via do namoro prolongado, ora pela via do casamento. Ex-casais. Uma nova condição. Infelizmente, digo, porque é com a expectativa de partilhar uma vida, até que morte nos separe, que se investe numa relação. E isto de investir numa relação, como bem sabemos, tem muito que se lhe diga!
 
Não somos só nós os envolvidos. São as famílias. Os amigos. Os vizinhos. Os colegas de trabalho. Os conhecidos. Os desconhecidos (que sabem mais sobre a nossa vida do que algum dia possamos imaginar). E, quando os há, os filhos.
 
Isto de chegar ao fim, seja o que for, é uma angústia para todos. Para os protagonistas da relação e para os outros. Os que os redoeiam. Depois há os que querem saber o que não devem. Os que são apanhados de surpresa. Os que até ficam contentes com a derrota do objectivo comum. Os que ficam completamente indiferentes.
 
Não chegar ao fim da meta estabelecida deve ser uma treta. Acabe-se a paixão. Apague-se a chama. Finde o amor. Descubram-se traições. Descubram-se novos interesses. Deve ser uma treta valente!! E, depois, a angústia, do dia do fim... a dúvida, sobre as falhas. A culpabilização de um. A desculpabilização de outro. A hipótese número 3001 de reconciliação. Que se esfuma por si.
 
Ter um descasamento ou divórcio marcado é mais ou menos como ter um casamento marcado.Em ambos os casos:
- dizer o derradeiro "Sim"
- saber que termina um ciclo e que se inicia um novo
- assinar papéis
- dúvidas e mais dúvidas (estarei a dar o passo certo?)
- hora e dia marcado. Pára tudo!
- idumentária a preceito (ninguém quer dar parte fraca)
- testemunhas
- contar como foi
- em alguns casos, celebrar
- em alguns casos, nada de mais
 
Mas, para mim, é sempre uma aprendizagem. Como em tudo na vida. Saber que o tempo investido numa relação serviu para isto, serviu para aquilo e fará sempre parte da vida dos envolvidos. Menos traumático, hoje em dia. Do ponto de vista da sociedade. Mas marcante! Sempre marcante, do ponto de vista pessoal.
 
(não me divorciei. não é autobiográfico. apenas uma reflexão sobre o que me rodeia)

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