quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Apanhados na rede

Fez anos, o facebook. 10 anos de uma rede de contactos que começou numa universidade americana. A afamada universidade de Harvard. Uma rede de contactos que ganhou uma dimensão à escala mundial, graças à visão do seu fundador, o estudante Mark Zuckerberg.
 
O jornal Público de ontem dizia que cerca de 77% dos portugueses utilizadores da internet têm uma conta aberta no facebook. Cerca de 200 amigos. Fotografias. Episódios da vida quotidiana. Piadas e algumas fatalidades.
 
A verdade é que muito se tem falado sobre os efeitos menos positivos das redes sociais na vida das pessoas. Mas, vamos lá a ver uma coisa, o facebook por si só, não existe, certo? As redes sociais não se auto-alimentam! Não mexem sozinhas. Não sobrevivem sem pessoas. Certo?
 
Então que espaço é que as redes socias vieram ocupar nas nossas vidas?
Cabe a cada um fazer essa análise.
 
Num workshop em que participei, aprendi que existe um síndrome associado à necessidade de estar sempre actualizado. O nome do síndrome? FOMO, fear of missing out. Ou seja, uma ansiedade gerada em função de não se conseguir acompanhar o que está a acontecer nas redes sociais. E isto é válido para todas as redes. Cria-se uma certa dependência, uma espécie de adição ao voyeurismo virtual.
 
Quem não se sente, de certa forma, apanhado na rede? Quantas vezes não nos passa pela cabeça: deixa cá ver o que é que a malta anda a fazer... Mas quando isso passa a ser o pão nosso de cada dia, o pão nosso de cada hora, o pão nosso de cada minuto é porque o FOMO anda por perto...
 
Da minha parte gosto de pensar no facebook do ponto de vista das coisas positivas que me trouxe. Tenho uma conta há cerca de 4 anos. E, mais recentemente, por causa do blog, adiminstro uma página. Encontrei colegas da escola e da faculdade de quem tinha perdido o rasto. Vou acompanhando o que fazem, da mesma forma que me acompanham a mim. Consigo ver, em tempo real, o que a minha prima Tatiana anda a fazer por terras australianas. Como a sua filha está a crescer. Porque ela partilha connosco, os que fazemos parte do seu grupo.

De vez em quando perco-me no chat. De vez em quando, mesmo! Na mesma noite ponho a conversa em dia com uma série de amigos ao mesmo tempo. Conheço todas as pessoas que são minhas amigas. Conheço-as. Sei quem são.

Acompanho páginas que me interessam. Mesmo!

Divulgo os textos que escrevo por aqui e, de vez em quando, brindo os meus amigos com episódios fotográficos da minha vida. Sei que eles gostam. Tal como eu gosto de ver os deles.

Partilho informação. Tenho acesso a informação. E revejo amigos. E, por enquanto, não sinto efeitos do síndrome. O FOMO! Mas fui apanhada na rede. Fui. Aderi há 4 anos e, até ver, cá andarei.

3 comentários:

  1. Eu (admito que) gosto muito do Facebook. Tento sempre proteger bem a minha privacidade ao aceitar apenas pessoas que conheço e ao manter um perfil privado, mas por outro lado também não tenho muito a esconder.

    É possível que tenha um bocadinho de FOMO, sim, mas também encaro tudo de um ponto de vista positivo. :)

    Um beijinho*

    www.joanofjuly.com

    ResponderEliminar

Comente! Prometo responder!