Sabem quando somos surpreendidos por alguém sobre quem não uma grande empatia e, de repente, temos uma agradável surpresa? Sobretudo quando apenas conhecemos essa pessoa da televisão. Uma figura pública, portanto.
A imagem que nos passam os media destas figuras públicas nem sempre é a melhor. Por vezes, a própria barreira que é o écran entre quem está do lado de lá e quem está do lado de cá, é o suficiente para que a empatia não aconteça. Lembro-me de ter este sentimento com o Professor José Hermano Saraiva. Depois, ao vivo, fiquei rendida aos seus "encantos"!
Ontem aconteceu-me o mesmo com Monsenhor Vítor Feytor Pinto. Um comunicador nato. Uma voz quente e envolvente com muitas técnicas para chegar ao público. Muitas cadências de voz, de acordo com o que queria transmitir. E de acordo com o que o público queria ouvir. Mas na mouche. Gostei mesmo muito. Do seu humor. Sobretudo do seu humor. Das histórias que nos contou sobre o Papa Francisco. Dando-lhe uma dimensão humana muito maior do que aquela que já conhecemos. E vi naqueles olhos um livro aberto. De histórias de vida. De um homem. Que sente o que diz. Que diz o que sente. Um homem com uma espiritualidade enorme. Com uma sensibilidade ética que ultrapassa aquilo que um padre, por melhor que seja, consegue transmitir.
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