terça-feira, 29 de outubro de 2013

C'a nervos!

Há poucas coisas na vida que me tiram do sério.
É claro que não fico séria perante injustiças, aldrabices, mentiras, mães que abandonam filhos, amigos intrujões, falsos perfis, jogadas sujas, entre mil e uma coisas que a maioria das pessoas (pelo menos das pessoas com quem me dou) não tolera.

Mas uma coisa é ficar completamente estarrecida quando sou surpreendida com determinados comportamentos ou atitudes. Outra, é ficar num estado de nervos tal que no meu cérebro gera-se um ciclo de palavras cabeludas e impropérios que não me atrevo a verbalizar (qualquer coisa deste género #$$##%&& @nj££l &%%"!).

Quem me conhece sabe que sou pontual. 
Aliás, pontualíssima. Tento sempre chegar mais cedo do que a hora combinada. (E fico louca se alguém se atrasa!)

Quem me conhece sabe que conheço todos os atalhos e mais algum para não correr o risco de não apanhar trânsito.

Quem me conhece sabe que prefiro fazer as compras do mês à primeira hora do dia (ou melhor, à primeira hora do hipermercado), para não ter problemas a estacionar, não ter pessoas a empatarem-me a passagem com carrinhos de compras, não ter filas nas caixas e ir embora quando começam a chegar clientes (os que não se enervam com isto).

Quem me conhece, sabe que faço listas antes de ir ao supermercado para não perder tempo a pensar no que me falta e porque, como vou sempre ao mesmo, sei onde está tudo. Vou direito aos sítios e pronto!

Quem me conhece, também sabe que quando chego a casa arrumo tudo a pensar no momento em que vou utilizar as coisas. Por isso, os produtos mais antigos vêm para a frente, os ovos mais antigos ficam por cima, a carne e o peixe são congelados em sacos e nas proporções certas para as refeições (tendo em conta que somos quatro pessoas e alguns são congelados já temperados), os coentros e as ervas aromáticas que podem ser congeladas (adoro usar ervas aromáticas) já vão lavadas e arranjadas para o congelador e tudo o que estiver embalado, sai das embalagens e é organizado por géneros. 

(Acreditem meus queridos: há quem não faça nada disto!)

Quem me conhece, sabe que para poupar tempo só faço compras assim uma vez por e mês e, apesar de tanta organização, dois ou três dias antes do dia C (de compras) ando a mentalizar-me... para a execução desta árdua tarefa que só me faz perder tempo...

Daqui facilmente se percebe que não ando atrás de talões nem promoções. Não vou a um supermercado buscar uma coisa e a outro buscar outra. Não me façam perder tempo! Se soubermos REALMENTE do que precisamos não gastaremos dinheiro desnecessariamente. Faço isto há anos e continuo a achar que é a melhor forma de gerir a dispensa!

Quem me conhece sabe que não ando em centros comerciais se não puder juntar duas ou três coisas para lá ir apenas uma vez! Não vou mesmo! Perco tempo e gasto dinheiro, muitas vezes, sem precisar!

Quem me conhece sabe que não espero em filas para comer. É que viro logo as costas! Mesmo que o restaurante seja o mais XPTO do momento! Aliás, nem para comprar bilhetes no cinema eu espero!

Fico com uns nervos sempre que qualquer coisa me cheire a perder tempo... nem vos passa pela cabeça!
(e já não falo de ir às finanças, aos correios ou ao médico...)

Detesto perder tempo. Fico mesmo nervosa! MESMO! 
Acredito que é precioso, o tempo. Se não o aproveitarmos da melhor maneira possível quando dermos conta já passou... e nada restou...

Para mim é tão precioso o tempo que não o perco com pessoas vãs. E já dizia o poeta "Há gente que fica na história da história da gente", porque, acredito, souberam usar bem o seu tempo. Marcando a vida dos que com eles se cruzaram, de forma positiva, de verdade.

Usemos esse positivismo, essa verdade na forma como usamos o nosso tempo. Esse bem precioso. Saibamos, de forma inteligente, ficar na história da história de alguém.

Minimizo o tempo perdido nas inolvidáveis rotinas do meu quotidiano. Sou mãe. Mas, quem me conhece, sabe que há coisas em que não me importo nada de perder tempo. De investir o meu tempo... escrever, por exemplo (passo horas nisto). Trabalhar. Divertir-me. Viajar (mas a viagem não pode ser muito longa). Conversar. Cozinhar (em ocasiões especiais). Passear. Ler. E crescer. Com tudo isto crescer. A ignorância combater.

Também não perco tempo em frente à televisão com coisas que não valem a pena

(C'a nervos pensar que estamos a chegar ao fim do mês e as compras ainda estão por fazer!! - Respira Cláudia! Respira!)

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