Foi hoje o dia da absoluta estreia do meu filho na nova escola. E se receios haviam sobre a mudança, o mesmo apressou-se a dissipá-los. Grande sorriso, bem disposto, como se já conhecesse a escola há anos e anos. Ainda olhou para mim com aqueles olhos tens-a-certeza-que-é-isto-que-queres-para-mim ou também do género leva-me-contigo, mas eu a adivinhar esta suave chantagem despedi-me rapidamente e não lhe dei tempo para pensar.
Não sou, propriamente, estreante nestas andanças. Mas o início de cada ano deixa-me, sempre, com um certo nervoso miudinho. Sobretudo, como já referi várias vezes, este ano em que se dão grandes mudanças na vida dos dois.
Fiz questão que ele participasse em todo o processo. Foi comigo tratar da candidatura, da matrícula e foi ver a escola nova. Também andámos às comprar de supermercado com direito a um espaço no carrinho para o leite que fará parte dos seus lanches diários. E a nova lancheira já estava pronta para sair há uns dias.
Tudo o que comprámos, ténis, sweat-shirt's, etc., na boca dele comprou-se para levar para a escola nova. E eu deixei que esse discurso o dominasse. Como que a convecer-me, eu própria, da mudança.
Mas este início dá-se depois das férias grandes. De onde o meu filho trouxe muitas recordações. Joelhos esfolados. Pernas arranhadas. Pés com pequenos cortes e alguns arranhões. Nódoas negras. Cotovelos cheios de mazelas. Além de parecer que está encardido nestas zonas críticas.
Chamamos-lhe Tom Sawyer. É vê-lo a correr por todo o lado com um chapéu de abas e cordão comprido. Facilmente o imaginamos a perseguir o barco no rio Mississipi. :) Só falta, mesmo, andar descalço. Não anda, mas também não quer ténis ou sandálias. Chinelos! É essa a palavra de ordem.
À nova educadora eu gostaria de dizer: juro que não o agredi! Que é um rapaz bem disposto, sempre na rua e que nem chora quando cai. As nódas negras, pode perguntar-lhe onde as fez que ele terá todo o prazer em responder. Os arranhões têm grande animação na sua génese e os pés mal tratados são a sua felicidade.
Quem o vir pode ter dúvidas desta natureza, tal o estado crítico em que se encontra. Mas eu não me importo com isso. Pois sei que é o resultado de um Verão e de uma infância felizes. :)
Confere! A criança tem uns arranhões pedagógicos
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