quinta-feira, 26 de março de 2015

Reunião + orador = Bafo de bode

Lembram-se deste nome de um personagem de uma telenovela brasileira? Era miúda quando isso passou na RTP1, claro! Que naquele tempo só tínhamos dois canais. E então Senhor Bafo de Bode ficou para sempre na minha memória e na dos meus colegas do 7.º/8.º ano (não me lembro bem), a propósito de um professor de francês que tivemos.
 
E porquê Bafo de Bode? Além da espactacular capacidade dos brasileiros darem nomes divertidos aos seus personagens novelísticos, ainda têm a capacidade desses mesmos nomes traduzirem e carcaterizarem cada uma delas. Neste caso, tratava-se de um mendigo constantemente bêbado. Que ninguém aturava. Sobretudo porque tudo o que dizia era muito assertivo. Um homem que vivia na rua e que tudo observava sempre com a frase certa sobre cada habitante da vila. Mesmo que fosse uma frase incómoda...
 
No caso do meu professor de francês apenas se aplicava a parte do bafo. De vinho. Era certo e sabido que nas aulas que tivessem lugar depois de almoço seriamos brindados por um odor vinícola ingerido por um professor frustado que pregava por uma língua morta que ninguém queria/quer aprender.

A somar ao bafo, o bigode. Farfalhudo. Enorme. Que lhe tapava a boca. Que servia de rede às migalhas de pão e outras que não conseguia identificar.

Não me lembro do nome do meu professor. Lembro-me, apenas e só, do bafo. E num destes dias, numa reunião, as memórias que tinha tão guardadas desses tempos de pura parvoíce, que nos caracterizam quando andamos no 7.º ou 8.º ano, vieram ao de cima. Porque um dos senhores presentes na reunião, que ainda por cima foi à noite, cheirava a Bafo de bode!!!

Cheirava a professor de francês. Taaal-eee-quaaal!!

Tive alguma dificuldade em concentrar-me. Em ouvir com atenção o que o senhor me dizia, sobretudo porque estava mesmo ao meu lado. E fazia questão de se virar para mim a falar. Tive dificuldade em afastar dos pensamentos os meus colegas que deram o nome ao professor de francês. As brincadeiras nas salas de aula. As tropelias.

Tive dificuldade. E quase que perguntei ao tal senhor da reunião se tinha visto a telenovela do Bafo de Bode. Mas contive-me. Portei-me bem. E serviu para isto. Para lembrar-me de um professor de francês que nunca mais vi na vida. E que ficou na minha memória pelos piores motivos. :)

terça-feira, 24 de março de 2015

Doce tentação... em modo licor

Quem não gosta de um licor bem doce?
Eu cá gosto. Sobretudo gosto de experimentar licores de todos os sabores. Uma vez em Beja, numa feira ao pé do castelo, um senhor vendia numa tenta todos os licores que produzia em casa. Digo-vos: de TUDO o que possam imaginar. Licor de malagueta, de oregãos, de castanha, de urtigas. Licores e mais licores. E todos tãããõo booonns... :)
 
Por isso, pelas memóras desses sabores, hoje deixo aqui esta doce receita.
 
Licor de amora
 
 
 
De que é que vamos precisar?
1 kg de amoras
1 kg de açúcar amarelo
1 lt de aguardente bagaceira
 
Como é que se faz?
Primeiro, lavamos bem as amoras e colocamo-las num recipiente, depois de escorridas. Se tivermos um pilão, óptimo. Senão, encontramos em casa algo que permita esmagá-las e criar uma mistura cremosa. De seguida juntamos o açúcar, mexemos e tapamos o recipiente e assim deverá ficar durante 3/4 dias.
 
Passado este tempo, devemos juntar a aguardente e misturar. Tapar e, durante um mês, abanar todos os dias. Et voilá! Está pronto! Coar e encher as garrafas. Deixar repousar mais um mês antes de beber.
 
Ou seja, no Verão saiam à rua. Apanhem amoras e façam o licor. Para o beberem durante o Outono.
 
É mesmo fácil e garanto-vos que vale a espera. Além disso, quando receberem alguém em casa poderão sempre brilhar ao servirem um licor feito por vós. Também dá para levarem para casa de alguém quando forem convidados para jantar. Enfim, dá para o que se lembrarem.
 
Bom proveito.

sábado, 21 de março de 2015

E quando eles perguntam...

... Onde é que vamos agora?
 
Depois de andarmos um dia inteiro de um lado para o outro.
Depois de saírem da escola e saberem que vamos para casa.
Depois da natação, de serem quase 8 da noite e de no dia seguinte terem aulas.
Depois de uma festa de anos.
Depois de estarem em casa de alguém.
Depois da praia.
Depois do campo.
 
Depois de qualquer coisa.
Querem tudo. Sempre. A toda a hora.
Querem sempre ir a mais qualquer lado.
 
E nós de rastos. E eles que nunca se cansam.
(Mas pronto... Eu também era assim...)

quinta-feira, 19 de março de 2015

Ao pai lá de casa

Porque é ele que joga à bola com os miúdos.
Porque é ele que na praia rebola na areia e constrói castelos.
Porque é ele que os leva a andar de bicicleta.
Porque é ele que consegue pegar nos dois ao colo ao mesmo tempo.
Porque é ele que vai ao parque.
Porque é ele que empurra os baloiços
Porque é ele que detesta que lhe mexam no cabelo, à excepção dos filhos.
Porque é ele que ralha e logo a seguir já passou.
Porque é ele que se senta no chão a construir legos.
Porque é ele que fica duas horas enfiado numa sala de cinema a ver desenhos animados.
 
Porque... tantos porques...
 
Porque é ele.
O Pai deles.

10 coisas que o meu pai me ensinou

Serve para isto, o Dia do Pai. Para pararmos e pensarmos no papel que os nossos pais tiveram nas nossas vidas. E, por isso, hoje não se fala noutra coisa. A não ser nos Pais.
Esta manhã vinha a conduzir e a ouvir a RFM. Penso que foi a Mariana Alvim que falou sobre uma das coisas que aprendeu com o Pai dela. E comecei de imediato a listar algumas das coisas que aprendi com o meu. Algumas, apenas, algumas... :)
 
1. Aprendi a ter respeito por mim própria
2. Aprendi a respeitar os outros
3. Aprendi a dar valor à família
4. Aprendi a dar valor aos estudos
5. Aprendi a mexer em dinheiro
6. Aprendi a lavar carros
7. Aprendi que cada coisa tem o seu valor e que para conquistar o que quero tenho que trabalhar por isso
8. Aprendi a conduzir (ups, isto não se pode dizer)
9. Aprendi a trocar um pneu
10. Aprendi a ouvir o motor de um carro e a perceber o que está a sentir (o carro, claro!)
11. Aprendi a ver um mapa das estradas
12. Aprendi anedotas (tantas, tantas)
13. Aprendi a pintar paredes e a fazer cimento (e a rebocar paredes)
14. Aprendi a dar abraços
15. Aprendi a impor-me
16. Aprendi que um Pai também pode ser Mãe
17. Aprendi a dizer, "bom dia", "boa tarde", "boa noite", "com licença", "desculpe" e "obrigado"
18. Aprendi a dar o meu lugar aos mais velhos
19. Aprendi que antes de correr é preciso aprender a andar
20. Aprendi que o mundo não é nosso. Que não conseguimos mudar nada sozinhos
 
E enquanto pisquei os olhos escrevi não 10, mas 20 coisas que aprendi com ele. Com o meu Pai. Com o primeiro homem da minha vida. E que estará comigo PARA SEMPRE.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Uma agradável surpresa!

Sabem quando somos surpreendidos por alguém sobre quem não uma grande empatia e, de repente, temos uma agradável surpresa? Sobretudo quando apenas conhecemos essa pessoa da televisão. Uma figura pública, portanto.
 
A imagem que nos passam os media destas figuras públicas nem sempre é a melhor. Por vezes, a própria barreira que é o écran entre quem está do lado de lá e quem está do lado de cá, é o suficiente para que a empatia não aconteça. Lembro-me de ter este sentimento com o Professor José Hermano Saraiva. Depois, ao vivo, fiquei rendida aos seus "encantos"!
 
Ontem aconteceu-me o mesmo com Monsenhor Vítor Feytor Pinto. Um comunicador nato. Uma voz quente e envolvente com muitas técnicas para chegar ao público. Muitas cadências de voz, de acordo com o que queria transmitir. E de acordo com o que o público queria ouvir. Mas na mouche. Gostei mesmo muito. Do seu humor. Sobretudo do seu humor. Das histórias que nos contou sobre o Papa Francisco. Dando-lhe uma dimensão humana muito maior do que aquela que já conhecemos. E vi naqueles olhos um livro aberto. De histórias de vida. De um homem. Que sente o que diz. Que diz o que sente. Um homem com uma espiritualidade enorme. Com uma sensibilidade ética que ultrapassa aquilo que um padre, por melhor que seja, consegue transmitir.
 
 

segunda-feira, 16 de março de 2015

Bom dia

Já vos disse que gostava de ter tempo para tomar pequenos-almoços longos e saudáveis todas as manhãs. Gostava de ter tempo para isso. Para um início de dia primaveril, convidativo, mesmo que os dias fossem de chuva e frio... 
Enquanto não realizo esse desejo, vou sonhando com estas imagens.
 
Boa segunda-feria. Bom início de semana.
 
 

quinta-feira, 12 de março de 2015

5 anos de ti

 
Aqui estamos nós. Num daqueles momentos em que me pediste que te tirasse uma fotografia com o meu telemóvel. Mas desta vez troquei-te as voltas. E puxei-te para mim. Para que tirasses uma fotografia comigo. Não pudeste deixar de fazer traquinices. Tu. Tal como tu e só tu és. Tal como tu e só tu sabes fazer.
 
Passaste um ano INTEIRO a falar deste dia. Desde a festa de anos do ano passado. Passaste um ano a desejar fazer anos de novo. E eu a desejar que o tempo parasse. Não sabes como ele foge. E como com ele... foges-me tu. Não sabes o que é isso. Apenas que terás um bolo, velas para soprar, família e amigos, presentes e festa. Porque é isso e só isso que importa. Quando se tem 5 anos.
 
Chegou o dia. É hoje o dia. Das lembranças do teu nascimento. Das lembranças da descoberta do estado de esperanças. Da mana pequenina, com a tua idade. Do pai com um nervoso miudinho. De mim. Que só me ria. Chegou o dia. Do teu aniversário.
 
Desconfio que dormiste com um olho aberto e outro fechado. Com uma perna já fora da cama para que não perdesses tempo a levantar-te e, também, para que fosses o primeiro. Desconfio que andaste nervoso nestes últimos dias por causa disso. A contar as noites que faltavam dormir para o dia de hoje. Desconfio que, por isso, ganhaste consciência do tempo. E desconfio, também, que estás a crescer de mansinho. Sem me dizeres nada.
 
Já não tenho bebés. Daqueles pequeninos cujos pés mordiscamos sem parar. Daqueles enrugados que sossegam no meu regaço e com a minha voz. Daqueles bebés que precisam de mim para tudo. Já não os tenho.
 
Tenho-te bebé e à mana, no meu coração. Desconfio que será assim para sempre. Mas a cada dia somado às nossas vidas, é menos um dia da vossa vida na minha. Dependente da minha. E isso assusta-me. Porque anda ontem estava eu assim. Com 5 anos. Com os teus avós. E hoje passo dias sem vê-los.
 
Pari-te numa 6ª feira. Às 18h14 minutos. Há cinco anos atrás. E parece que foi ontem.

quarta-feira, 11 de março de 2015

WOW!!

Ir na rua e ouvir:
 
Tanta carne boa e eu eu jejum
 
É um misto de Oi, é para mim? com Estúpido, atrevido! Depois, e sempre sem parar, aperceber-me que houve alguém que me fez um elogio. E, ao mesmo tempo, Nem sequer vi se o tipo era jeitoso. Se calhar era um desdentado com um palito no canto da boca. E, assim, convencer-me que não valia nada.
 
Mas, espera aí! Um piropo?!? Já não ouvia nenhum há muito tempo!! Ah pois... hoje estava de vestido. Pronto, está explicado! Um homem não pode ver uma mulher de saia.
 
Calma marido!! Que a tua santa mulher ficou tão atrapalhada que nem levantou os olhos do chão! (mas esboçou um leve sorriso. Depois de certificar-se que ninguém estava a ver)

terça-feira, 10 de março de 2015

E quando eles perguntam...

... O que é o jantar?

Fico louca!! Mas é que sinto uns calooores!! Detesto esta intromissão na minha cozinha. Na minha decisão. Na minha solitária, diária e árdua tarefa que depois é desdenhada por quem não faz a mínima ideia do que custa ter de pensar em jantares, no que é que um gosta e o outro desgosta, se dá para o almoço do dia seguinte, se temos em casa tudo o que precisamos e se engorda!! Fico possessa quando fazem uma cara feia depois de me apanharem distraída e espreitarem o que está nos tachos. Louca!!
 
Aprendi com a minha avó a responder:
- Garofos! O jantar são garofos!!
 
E hoje já nem me ligam quando ouvem isto.
 
Um destes dias o pai entrou em casa e ela:
- Pai, o que são gafonhos? (nem conseguiu fixar)
- O quê?!?
- Gafonhos!! A mãe diz que o jantar são gafonhos!!
- Então, são restos de ontem!
- Nãããoo!! Isso é redom!
- Então não sei!!
 
E eu deixei-os sem resposta.
 
A minha avó também devia detestar esta pergunta. Dava-me sempre a mesma resposta. E num belo dia em que tentei armar-me em esperta decidi esperar para ver o que era o jantar e fixar que "garofos" era o que estava no prato.
 
Vieram ervilhas com ovos escalfados e durante muito tempo acreditei que isso é que eram os famosos "garofos". Termo que nunca ouvi a mais ninguém.
 
Decidi pesquisar sobre o assunto e perceber se existe a palavra. E não é que existe mesmo?!? Garofos é "comida imaginária". Imaginem. Acho que a minha avó respondia sem saber o que é que estava a dizer. Ou talvez não. Que os mais antigos acertavam em muita coisa.
 
Quando me perguntam o que é o jantar, fico louca!! Mas lembro-me sempre da minha avó. E espero um dia vir a responder o mesmo aos meus netos. Mas mais tolerante às invasões à minha cozinha. Que as avós são as pessoas mais tolerantes do mundo! E as mais sábias, também! ;)

Três maridos. E uma história para contar

O título sugere uma nova versão desse sucesso de Jorge Amado, Dona Flor e seus dois maridos, mas não é. É uma história real. Bem real. Sobre uma mulher que conheço.
 
Chamemos-lhe Maria. Esse nome tão português que confere o anonimato necessário às minhas musas inspiradoras. Neste caso uma mulher de 47 anos. Mãe de três filhos. De três maridos diferentes. E chega o conto ao blog na sequência deste em que partilhei convosco a minha apetência para fazer amizade com pessoas mais velhas. Aprende-se muuuiiito. :)
 
Maria é bem disposta. Uma mulher de voz forte, de rosto marcado. Um furacão-mulher que vive enjaulada nas obrigações diárias. Na vida que a leva e trás de casa ao trabalho. Do trabalho a casa. Às escolas dos filhos. Ao supermercado. A tudo o que ensombra os prazeres da vida. Pela responsabilidade de não faltar aos outros. Mesmo que isso a obrigue a esquecer-se de si própria.
 
Distingo-lhe o tom irónico que aplica, naturalmente, às suas recensões críticas. Por vezes, de chorar a rir. Sobretudo quando fala dos seus ex-maridos. E também do actual. Do mais pequeno assunto nasce uma teoria. Não da boca para fora. Mas porque ela já tinha pensado nisso. E defende o que pensa com unhas e dentes. E com humor. Muito humor. E assertividade.
 
A Maria não esconde a sua infelicidade. Gostava de trabalhar noutra área. Não gosta do que faz. Obriga-se a fazer. A cumprir. Mas de forma exímia, que as falhas não são para ela. Sabe o que custa. Falhar. E não quer. Mesmo que não sorria. E eu reconheço-lhe, também, mais esta grande característica: a de não se deixar ir. Pelo desânimo.
 
Tem graça quando fala dos seus ex-maridos. E do actual. Que nenhum deles lhe chegou (ou chega) para tudo o que espera de um homem. Que o ideal seria ter um com as melhores características dos três. Fala de sexo sem pudor. Fala do que não gosta. Fala do que gosta. E diz, o que sentimos. O que pensamos. E não nos atrevemos dizer. Para os outros ouvirem.
 
Fala da paixão. Diz que essa é efémera. Que quando está a abrandar precisa de mudar. De marido. Que não consegue viver sem paixão. Sem tesão.
 
Tem três filhos, a Maria. Três tesouros. E só aí consigo reconhecer-lhe brilho nos olhos. Quando fala deles. Aí finge. Que é desprendida. Mas o seu corpo diz o contrário.
 
A Maria é divertida. Ouvi-la relatar uma situação caricata é sentir que também a presenciámos. Pela emoção que nos transmite. E no momento seguinte, cala-se. Lembra-se, talvez, que esses momentos não lhe chegam. Sente-se isso no seu olhar. Sente-se. Vem de dentro.
 
Perguntei-lhe o que fazer para que a chama continue acesa. E ela disse-me que isso é quase impossível. Que vivemos a nossa vida de uma forma demasiado séria. Que isso interfere. Mas que seria bom não perder o Norte ao que sou enquanto mulher. Fêmea. No verdadeiro sentido da palavra. Aconselhou-me a usar isso sempre. Na rua. No trato. Na cama. Sobretudo na cama.
 
Maria. Simplesmente Maria. Onde tudo cabe. Onde tudo se vive. Onde tudo se sente. Como qualquer outra mulher portuguesa. Com marido. Sem marido. Mas nesta Maria, há um turbilhão de emoções que estão sempre, mas sempre prontas a rebentar. Porque ela não aguenta. O sofrimento. De viver infeliz.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Ai Daisy, Daisy... Ai Pingo Doce, Pingo Doce...

Escrevi este post que TODOS vocês já leram, certo? Incrível como este mundo virtual funciona. Depois da publicação comecei a receber publicidade do Pingo Doce. A ser, literalmente, bombardeada com informação sobre a cadeia de supermercados e no facebook a receber sugestões de compras e promoções. E eu que só queria falar da minha amiga.
 
Daisy, já sabes. Se algum dia escreveres sobre esta tua/nossa experiência vais passar a receber informação. Sem a pedires!!

Olha, quem sabe se não seremos o mote para uma nova campanha:

Para fazer amigos, vá ao Pingo Doce...
Pingo Doce, venha cá! :)
 

Um ano depois

Falei-vos aqui da dupla maravilha que são a minha amiga Zélia e a sua cunhada Telma no que toca a organizar festas de aniversário. Este ano, e um ano depois do tema Lego, repetiram o brilharete. Thomas e os seus amigos deram o mote para uma viagem que começou com um convite inspirado num bilhete de comboio e com paragem em todas as estações e apeadeiros.
 
Os detalhes, claro, fizeram a diferença. E a boa disposição de todos os convivas, a decoração do spot e a graça do aniversariante, fieram o resto.
 
Obrigado pelo convite.
Para o ano há mais!
 
A começar pela colorida baixela já dá para ver como estava tudo lindo!

  
Pormenores da decoração nas paredes 

Para este efeito basta imprimir as imagens e colar nuns palitos!

Vista "de cima"! :)

As flores do IKEA deram um ar primaveril à mesa!

Reparem que a parede de fundo é um espelho. Aumentou o espaço e fez um efeito muito giro com tanta cor!

Aqui outro pormenor: os troncos a fazerem altura!

Se virem com atenção o bolo é, apenas e só, um manto de pasta de açúcar verde. A decoração foi toda feita por elas.
E sem gastar rios de dinheiro! ;)

Os balões dos Santos Populares ficam sempre bem!

Os cones das pipocas foram um sucesso.
 Agora é aproveitar as dicas. Sobretudo se os vossos filhos gostam do Thomas! ;)

sexta-feira, 6 de março de 2015

Doce tentação... de amoras

 

Amoras. E mousse. Só pode ser bom.. :)
 
O que é preciso?
300g de amoras congeladas ou frescas
1 chávena de açúcar
1 chávena de água
1 caixa de gelatina em pó sabor amora ou uva
1 lata de leite condensado
1 embalagem de natas
4 claras
Como é que se faz?
Num tacho colocar as amoras, o açúcar, a água e levar ao fogão em lume médio por 10 minutos. Ir mexendo sempre. Depois de retirar do lume acrescentar a gelatina em pó e misturar bem até dissolver por completo. Retirar do fogão, acrescentar a gelatina em pó e misturar bem até dissolver. Juntar o leite condensado e as natas e bater tudo.
 
Finalmente, juntar as claras em castelo aos poucos envolvendo delicadamente. E já está!
 
Levar ao congelador no mínimo 4 horas antes de servir e, depois, manter no frigorífico. Decorar a gosto e servir.
 
Bom proveito. :)

quinta-feira, 5 de março de 2015

Daisy - o melhor do Pingo Doce

Com os meus 19/20 anos trabalhei no Pingo Doce. Estava no 2.º ano da faculdade e trabalhava. No que aparecia. Em part-time. No tempo em que havia part-times ao virar da esquina. Tinha aulas à tarde e, por isso, entrava no PD às 7 da manhã e saía ao meio-dia. Folgava à 4.ª feira e ganhava, se não me engano, 44 contos (qualquer coisa como 220€).
 
Quando fiz a minha candidatura disse que preferia trabalhar na caixa. Mas não havia vagas e, por isso, durante 6 meses trabalhei na reposição de produtos não perecíveis. Aprendi imenso. Na altura não dei valor a essa aprendizagem. Mas ainda hoje quando faço compras dou por mim a tirar das prateleiras os produtos que estão atrás. Dos frios, os produtos que estão em baixo. E quando tenho dúvidas nos preços confiro os códigos de barras. Ou melhor, as suas terminações.
 
Aprendi sobre fornecedores. Conheci melhor esse mercado. Aprendi sobre a mecânica das promoções. O que são os "topos", como se fazem e porque se fazem. Aprendi que os produtos mais baratos estão SEMPRE na última prateleira (de baixo) e os mais caros à altura da nossa vista. E das nossas mãos.
 
Aprendi que há produtos de consumo cujas embalagens foram pensadas de acordo com o tacto. E a sua ergonomia. E que, por norma, estão relacionados com vícios. Ou pequenos prazeres. E são os mais caros.
 
Naquela altura queria ganhar algum dinheiro. Tão pouco que era e para tanto que dava. Tinha carro, um Fiat Uno de 1989. Juntava para as propinas, para as imensas fotocópias e livros e ainda sobrava para outras coisas próprias da idade. E das mulheres.
 
Outras foram as aprendizagens, sem dúvida. Todas as experiências que tive no mundo do trabalho deram-me imensas, mas imensas coisas boas. No entanto, do Pingo Doce, ficou-me algo ainda mais importante. O mais importante de tudo daqueles 6 meses. A minha amiga Daisy.
 
Também ela trabalhadora-estudante. Também ela uma funcionária dedicada, responsável, que juntava os 44 contos para as propinas. Todas as manhãs passava na padaria para dois dedos de conversa. Todas as manhãs a Daisy embalava o pão, arrumava a montra dos bolos, atendia clientes. E dessas manhãs a uma conversa fora dali foi um pulinho.
 
Penso muito na minha amiga Daisy. Lembro-me muitas vezes dela. Por vezes quando lamento a falta de tempo para estarmos juntas mais vezes. Mas sou feliz quando me lembro do nosso percurso. Tão parecido. Acabámos os nossos cursos. Ambas temos emprego. Casámos. As duas com dois filhos cada. E quando ouço a palavra dócil, é dela que me lembro. Quando ouço a palavra meiga, é dela que me lembro.
 
Esteve presente do dia do lançamento do meu livro. Foi tão bom. Ouvir a sua voz quente, envolvente, pausada. Sentir o seu abraço. O mesmo abraço. E como sei que vem aqui todos os dias, decidi dedicar-lhe este texto. O melhor do Pingo Doce, a minha amiga Daisy. A melhor herança desses 6 meses em que saía de casa às 6 da manhã e entrava às 8 da noite. Tal e qual como ela. Uma das noivas mais bonitas que já vi. Uma das noivas mais felizes que vi no dia do seu casamento.
 
Para ti Daisy, que gostas de me ler, um beijinho no teu coração. Porque tenho saudades tuas.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Sobre a verdade - à volta da mesa

Num destes dias tive um jantar de amigos. Daqueles em que a conversa nunca mais acaba. Daqueles em que a conversa extravasa a ordem das coisas quando em cima da mesa se põem questões sobre as quais não há respostas certas. Assim foi. Desta vez sobre a verdade. Sobre: o que é a verdade?

Cada um tem a sua resposta. Cada um tem a sua definição. Mas no dicionário consta que é uma "conformidade ou adequação entre o pensamento e a realidade"... Dá que pensar...

Um dos meus amigos falou das verdades construídas. Da sociedade em que vivemos. Da Era da informação em que vivemos, que nos consome com verdades contruídas. Desconstruindo as aprendizagens, os valores, as referências e moldando as dúvidas individuais. Falou da forma disforme como a verdade é apresentada. Falou sobre a verdade. Citou pensadores e fez-se valer desta teoria. Mas, na verdade, não conseguiu defini-la.

O que é, afinal, a verdade? Será algo que pode aplicar-se genericamente a todos os contextos? Será algo que vale por si só, quando assistimos às dissimulações e distorções nos teatros dos tribunais? Será ela uma verdade em si que prevalece em virtude da mentira? Será uma arma para praticar a justiça? Será uma arma?

Quando ouvimos alguém dizer-nos Eu amo-te. Como sabemos que é verdade? Poderá ser essa declaração parte de uma construção de atitudes, um meio para atingir determinado fim. Igualmente quando alguém nos diz Não te amo. Como sabemos nós onde está a verdade disto?

Será verdade que a verdade, por vezes, dói? E dói porquê? Porque se mentiu, primeiro. Porque irá magoar-nos. Porque irá desconstruir a outra verdade que construímos. Ou, pura e simplesmente, porque preferimos viver seguros nas mentiras que nos protegem daquilo que sabemos, mas não queremos admitir.

Essa conformidade entre o pensamento e a realidade de que fala o dicionário deverá aplicar-se, apenas e só, ao que é factual? Ao que os nossos olhos vêm? À chuva que cai? Ao sol que brilha? À lua que pisámos? Será que a pisámos? Será a verdade, apenas e só, aquilo que acontece diante de nós? Aquilo que testemunhamos? Preto no branco?

Também não consigo defini-la. Consigo, apenas, senti-la. Ao perdoar o colo que me rejeitou, aprendi a viver em verdade. Ao assumir os meus limites, ao dar voz aos meus sentimentos, consigo viver em verdade. E o valor que a verdade ganhou em mim posso descrevê-lo como a conformidade entre aquilo que sinto e aquilo que sou. E o equilíbrio que isso me trás.

terça-feira, 3 de março de 2015

Ao meu marido

Uma singela homenagem. Pelo seu gosto por rock and roll. Por saber as músicas todas das décadas de 60 e 70 de cor e salteado. Por ter encarnado o espírito do Elvis e, à conta disso, ter-me feito serenatas. Por ter usado patilhas (isto na altura em que o conheci). E uma poupa que nem precisava de gel. Apenas de umas horas de pente e espelho. Por colocar a voz quando, num karaoke, há um Marie is the name ou You ain't nothing but a hound dog. Por ser fiel aos seus gostos musicais. Por passá-los aos nossos filhos.
 
 

segunda-feira, 2 de março de 2015

Estou feliz

É o que posso dizer. Soube hoje que tive 18 valores no trabalho final do curso que estive a tirar. E mais! Foi a melhor nota!
 
Foi cansativo (não sei quantas vezes já o disse). Mas agora estou feliz.