Quando escrevo não costumo pensar muito nas coisas. Preciso, apenas, de senti-las. Pois não aplico técnicas de escrita ou modelos de popularidade virtual para atingir algum objectivo. Se não sentir, não escrevo. Tão simples quanto isso. E é este o pensamento que me acompanha quando paro para pensar neste cantinho a que venho diariamente.
Depois, as dúvidas. E a quem é que interessa aquilo que eu sinto? E quem é que disse que eu consigo, através da minha escrita, transmitir aquilo que sinto? Qual será o perfil das pessoas que estão do outro lado? O que leva a ter dias de 2000 leituras e outros de 250? Será que devo continuar? Será que estou no caminho certo para atingir o meu fim? E que fim é esse? Blá, blá, blá...
Vou passando por este e por aquele blog. Não estou "agarrada" a nenhum. Mas aqueles com que me identifico fazem com que, de vez em quando, volte lá. Também ando além-fronteiras. Gosto, MUITO, da aposta que os blogs estrangeiros de qualidade fazem na fotografia. Por cá, temos poucos mesmo bons nessa área. E vou deambulando por um e por outro inspirando-me a cada nova descoberta.
Inevitavelmente paro para pensar nas principais diferenças entre o meu e os que gosto e são bons lá fora. E cá dentro, claro! E, inevitavelmente, acho sempre que são muito parecidos. À excepção da questão da fotografia e do layout (onde irei investir em breve). Mas o conteúdo não varia muito. O estilo e a forma são a assinatura pessoal de cada um. Os temas? Como disse, mais ou menos os mesmos.
É claro que estou a falar de blogs com que me identifico. Que falam do dia a dia. Do quotidiano. Do que vai dentro de nós. Daí identificar-me com eles. Porque também sou uma pessoa que vive o seu dia a dia. Que tem coisas dentro de si. Que tem uma família. Um emprego. Família e amigos. Colegas de trabalho. Vizinhos. Conhecidos. Projectos. Logo, não me faltam temas.
Mas... e o objectivo final deste Contos com amoras?
Há umas semanas fui entrevistada para um jornal a propósito do livro que vou lançar. A jornalista perguntou-me: A que se deve a popularidade do teu blog? e eu pensei What?!?
- Popularidade? - perguntei.
- Sim, o teu blog é conhecido. Eu vou lá todos os dias. Escreves muito bem.
- Pois, mas não o considero popular. Não o criei nem o alimento em função das estatísticas. Se fosse esse o meu objectivo estaria nesse caminho e em quase um ano de blog o patamar da sua "popularidade" seria outro. Conheço a fórmula do sucesso que tantos ambicionam. Mas, por agora, o meu blog é um pouco de mim que gosto de partilhar.
- E qual é o teu objectivo?
Sem saber, a jornalista tocou naquele ponto. Aquele que, de vez em quando, assalta-me o descanso sobre isto. Sobretudo naqueles dias em que as leituras são mínimas. Parece uma contradição, mas não é. Apenas questiono o porquê das variações, por vezes, tão bruscas. E respondi-lhe:
- Criar memória. Deixar o registo de uma memória futura. Pois é por isso que os bons blogs se distinguem dos maus blogs. Apenas os bons, os coerentes, fiéis e transparentes, conseguirão sobreviver. Porque apenas e só assim conseguirão gerar memória.
A jornalista não fez ideia de que com aquela pergunta obrigou-me a tornar explícito este sentimento tácito sobre o que me conduz até aqui. E, assim, arrumei esse assunto. O meu objectivo. O porquê dos Contos com amoras. Com uma certeza. Que é um blog cheio de mim. Dos vários "eus". Como aqueles que por aqui passam.
É claro que estou a falar de blogs com que me identifico. Que falam do dia a dia. Do quotidiano. Do que vai dentro de nós. Daí identificar-me com eles. Porque também sou uma pessoa que vive o seu dia a dia. Que tem coisas dentro de si. Que tem uma família. Um emprego. Família e amigos. Colegas de trabalho. Vizinhos. Conhecidos. Projectos. Logo, não me faltam temas.
Mas... e o objectivo final deste Contos com amoras?
Há umas semanas fui entrevistada para um jornal a propósito do livro que vou lançar. A jornalista perguntou-me: A que se deve a popularidade do teu blog? e eu pensei What?!?
- Popularidade? - perguntei.
- Sim, o teu blog é conhecido. Eu vou lá todos os dias. Escreves muito bem.
- Pois, mas não o considero popular. Não o criei nem o alimento em função das estatísticas. Se fosse esse o meu objectivo estaria nesse caminho e em quase um ano de blog o patamar da sua "popularidade" seria outro. Conheço a fórmula do sucesso que tantos ambicionam. Mas, por agora, o meu blog é um pouco de mim que gosto de partilhar.
- E qual é o teu objectivo?
Sem saber, a jornalista tocou naquele ponto. Aquele que, de vez em quando, assalta-me o descanso sobre isto. Sobretudo naqueles dias em que as leituras são mínimas. Parece uma contradição, mas não é. Apenas questiono o porquê das variações, por vezes, tão bruscas. E respondi-lhe:
- Criar memória. Deixar o registo de uma memória futura. Pois é por isso que os bons blogs se distinguem dos maus blogs. Apenas os bons, os coerentes, fiéis e transparentes, conseguirão sobreviver. Porque apenas e só assim conseguirão gerar memória.
A jornalista não fez ideia de que com aquela pergunta obrigou-me a tornar explícito este sentimento tácito sobre o que me conduz até aqui. E, assim, arrumei esse assunto. O meu objectivo. O porquê dos Contos com amoras. Com uma certeza. Que é um blog cheio de mim. Dos vários "eus". Como aqueles que por aqui passam.
E isso é o bastante!
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