quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Sobre a viagem ao Porto - Parte II

Ir ao Porto e não visitar as caves do vinho do Porto é quase um sacrilégio. Além de fazer parte da nossa história, a história deste vinho tão afamado e apreciado por esse mundo fora, é uma visita que nos enriquece e uma oportunidade de entrarmos num mundo desconhecido. Pelo menos para mim que não me movo nestes meios.
 
Já íamos com esta visita fisgada e depois de almoçarmos uma bela francesinha na Rua de Santa Catarina, pusemos pés ao caminho e fomos à procura de uma das várias caves que podemos visitar. O grande, grande, grande problema que tivemos durante este fim de semana foi o estacionamento. Verdade seja dita que ao conseguirmos estacionar em frente às caves Sandeman decidimos que seria essa a visitar, apenas porque continuar à procura de estacionamento levar-nos-ía a uma grande perda de tempo.
 
Assim o pensámos, mas a visita em português seria, apenas, pelas 18.00 e eram 15.20... Indicaram-nos as caves Ferreira que fazem parte do mesmo grupo, tal com as Offley, pois teriam uma visita em português às 16.00 e depois de dez minutos a pé, que se fazem bem com os miúdos, já lá estávamos. Eles não pagaram. Nós pagámos 5€ cada um com visita guiada e degustação de vinhos. Nesta caso um vinho do Porto Ferreira tinto e um branco.
 
Não sou especialmente fã de vinho. No geral, não me atrai. Apesar de reconhecer que o vinho do Porto é mais doce que os demais. Mas dispenso. No entanto, devo dizer-vos que no final da visita, e depois do que ouvi, tive vontade de voltar a experimentar. Não foi a locura, mas soube bem. Aliás, melhor do que o vinho que compramos por aí. Gostei do branco, que senti como mais leve e doce e o tinto, apesar de doce, "arde" na garganta.

As fotos dentro das caves ficaram muito escuras, por isso não as publico. Fica, apenas, um cheirinho. Para aguçar-vos o apetite.


Foi aqui que fizemos a primeira tentativa. Há quem diga que quem vê uma vê as outras
 
A fachada das caves Ferreira


Os famosos barcos Rabelo que transportavam o vinho pelo rio Douro. Ao fundo, a outra margem. Do lado do Porto

Uma vista magnífica. As caves ficam na margem de Gaia

Uma foto alusiva ao trabalho no campo na altura das vindimas. Faz parte do pequeno museu das caves

Os vinhos que degustamos
 
O vinho do Porto Ferreira tem uma história atípica e é um grande exemplo de empreendedorismo. Atípica, pois a sua personagem principal é uma mulher, Antónia Ferreira que, no tempo que viveu, era a única mulher a dedicar-se ao vinho. Para manter o negócio na família, casou com um primo, mas enviuvou aos 33 anos de idade. Nunca mais casou e fez da sua vida um exemplo de trabalho, esforço, visão e bondade. Construiu escolas e ajudou a população. E, dizem, que sem o seu esforço e dedicação o vinho Ferreira não seria o que é hoje.
 
Eu cá digo. É uma mulher do Norte!
 
Vale a pena fazer este programa. E nós,que não conhecíamos a cidade, ficámos deslumbrados com as margens do rio, os contrastes entre o lado do Porto e o lado de Gaia. Os miúdos adoraram o fim de semana. Portaram-se lindamente nas caves. Também queriam experimentar o vinho, mas contentaram-se com umas castanhas assadas à saída.
 
Fiquem por aí. A história contnua.


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