Fui mãe, pela primeira vez, aos 27 anos.
Pela segunda, aos 32. Não segui a regra dos 3-3-33. Não conhecem? 3 filhos, de 3 em 3 anos até aos 33 anos. Dizem que deve ser assim. Dizem que é esta a fórmula. Mas como nunca fui muito boa aluna a matemática, errei nos cálculos e nos resultados finais.
Não faz mal. Não fui mãe muito cedo, nem muito tarde. Fui no meu tempo certo.
Ter um filho, nos dias que correm, é uma verdadeira aventura. Abono? Só se não tivermos nada para comer. Do primeiro, recebi 11€ por mês até aos 2 anos de idade. Do segundo, zero. Esses 11€ foram fundamentais nas nossas vidas. Dava aí para meia dúzia de fraldas. Por semana. Não dava para leite, consultas médicas, soros, cremes, compressas, pomadas, xaropes, roupa, calçado. Mas qual é a criança que precisa disso? Que disparate, o meu.
Por isso, a minha decisão passou completamente à margem do que este país nos permite. Este país, castrador de sonhos e projectos familiares.
Ter um filho, é uma aventura. Ter dois filhos, é de gente louca. E ter três? Família numerosa, assim são consideradas as famílias com três filhos ou mais. Mas isso é só um rótulo. Vantagens? Mínimas. Na prática, no dia-a-dia, não se reflectem.
Se eu pudesse escolher sem pensar? Sim, teria o terceiro. Mas, talvez, fosse viver para um daqueles municípios que oferecem dinheiro aos casais que decidem ter filhos, de modo a contrariar a baixa taxa de natalidade.
Na minha família vem aí mais um bebé. O terceiro do núcleo da minha prima. O primeiro, tem 18 anos. O seu segundo, tem 10. O seu terceiro, chega no Verão. Uma alegria. É sempre uma alegria. Uma angústia. Uma incerteza. Sempre. Mas uma vontade imensa de multiplicar esse amor que se sente pelos filhos.
A minha prima ainda está em boa idade para isso. Começou cedo, é certo, a sua missão. Quanto à fórmula, começou bem. Acertou no primeiro 3. Três filhos. Não vieram de 3 em 3 anos. E ela também já passou os 33 anos. Mas vem em bom tempo. Vem no tempo dele. E admiro a coragem da minha prima e do seu marido.
A conversa com ela é cautelosa. Os seus receios são maiores. Já passou por isto, é certo. Mas de cada vez, uma nova experiência. A cada filho, um novo primeiro amor. A cada novo ser humano dentro de nós, novas emoções e descobertas.
Invejo-a um bocadinho. Não tenho a sua coragem. Mas sei que vou fazer parte da vida deste novo bebé (que já considero um bocadinho meu). E isso faz-me feliz. Faz-nos felizes. Um bebé, é sempre um sinal de esperança. Nova vida. E este, um dia, quando ler o meu blog, vai perceber porque motivo é que a mãe decidiu tê-lo. Ao ler este post.
Que venhas com saúde, pequeno ser que está a crescer no ventre de sua mãe. Que, com amor, temos a certeza que virás.
Ai! De repente assustaste-me!!!! (no bom sentido, claro). Parabéns aos Pais!
ResponderEliminarEheheh! Era essa a intenção!
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