terça-feira, 20 de maio de 2014

A mãe da semana #6

Vale de Milhaços. É de lá que vem a história que partilho esta semana. A história de uma MATI que assim o decidiu ser. Que teve o privilégio de poder escolher. Que sabia que assim teria de ser. Pois para ela... estava escrito...
 
Ana Silvestre. Um nome que, para mim, conjuga a maior das simplicidades, assente no Ana, com a maior das bravuras, assente no Silvestre. Como as amoras deste blog. Que crescem e vingam em condições atmosféricas adversas. Que resistem ao calor e convidam por quem elas passa a esticar a mão. Como que a dizer: entrem. Temos a porta aberta! Como a Ana. Que adora abrir a porta de sua casa para receber os amigos. Aliás, é assim que passa os fins-de-semana. De porta aberta. Com a casa cheia.
 
Não tive o privilégio de conhecê-la pessoalmente. Mas a sua escrita diz-me muito. Diz-me que se trata de uma mulher bem resolvida. Que ao fim de muitos anos de dedicação ao emprego, decidiu dedicar tempo à família. Uma mulher, mãe de três filhos, que planeou a sua vida. O casamento. A maternidade.
 
Uma mulher de 46 anos que nos diz: sim é possível ser MATI. O dinheiro não é tudo! Trabalhar para pagar escolas e empregada não a preenchia. Faltava-lhe qualquer coisa. Tempo. E esse, não tem preço! Faltava-lhe ar para respirar. Ver os filhos crescer. Acompanhá-los nos estudos, nas brincadeiras, no desenvolvimento pessoal. O beijo de boas  noites a que se resumia o melhor do seu dia ao fim de um dia de trabalho, não chegava. E tudo o que precisava para tomar essa decisão, teve. O marido! O maior companheiro neste volte-face. O maior cúmplice.
 
E é MATI há 9 anos. E será MATI para sempre. Porque ser mãe... é para a vida...
 
Não ter uma actividade laboral não significa estar em casa sem fazer nada. Isso, quem é mãe, sabe. Mas é pouco compreendido por quem não é. E, para essas pessoas, fica aqui o exemplo da Ana que, todos os dias úteis, está em pé às 7h15 da manhã. Mais cedo que muitas pessoas que vão trabalhar. Acorda os filhos, prepara pequenos-almoços, lancheiras, casacos e o mais que for preciso e sai de casa para levá-los à escola. Por norma, vai a pé. Apenas se chover é que pega no carro. No regresso já vem a organizar-se mentalmente. E quando entra em casa ataca as tarefas domésticas. A pensar no que vai fazer para o almoço. A pensar no que fará da parte da tarde. A antever que, se o dia está bonito, ainda poderá dar um passeio em família quando o pai chega do trabalho. E, por isso, organizando-se assim, tem o jantar pronto cedo para que, antes de irem para a mesa, possam encontrar-se no parque que há perto de casa. Esta é uma hora de descontracção e partilha familiar que lhe sabe muito bem.
 
Os serões, por norma, são passados em casa. A conversar, a fazer zapping, a ler ou a ver os passos de dança de salão que um dos filhos aprende às terças e às quintas. Uma diversão e um orgulho para todos.
 
A mãe desta semana deixa-nos algumas dicas de poupança:
- compra, apenas, produtos de marca branca. Outros, só em promoção ou alguma coisa muito específica;
- aproveita muitas promoções de produtos não perecíveis;
- cozinha sempre a mais e congela. Poupa tempo e energia;
- a cebola que sobra, pica-a e... congelador! Para utilizar mais tarde;
- recebe muito em casa. E todos contribuem com comida;
- faz férias em casa de família.
 
É uma pessoa simples. Usa rimel, blush e baton. Calça ténis, botas e sandálias práticas. Usa calças de ganga e dá preferência à roupa confortável. Mas um bom perfume... um bom perfume é um luxo que não dipensa!
 
Como poderão ver pelas fotos que partilhou connosco, é autora de um livro. Eu sabia, estava escrito. Publicou-o no ano passado, em Outubro. Trata-se de um romance optimista, dedicado a todos os que acreditam em finais felizes e almas gémeas. Podem saber mais aqui. E que giras que estão as fotos, não acham?
 
A mim, resta-me agradecer Ana. Pela sua história. Por dar-nos o exemplo de uma história com final feliz. Ao ter escolhido ser MATI. Pela disponibilidade na resposta aos e-mail's. Pela simpatia das suas palavras. Por ter escrito um livro para nós. Por falar-nos de si e da sua família. E dos seus gostos e hábitos. E, sobretudo, por ter aderido a este meu desafio!
 
Se calhar... estava escrito... e a Ana sabia-o...
 
Um beijinho. Obrigado.

 








 
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