domingo, 27 de setembro de 2015

Afinal, o que é ser-se sensato?

A pergunta aplica-se, também, a outras áreas. O que é ser-se bonito, o que é ser-se interessante, inspirador, e tudo o mais que leva a discussões sem fim.
 
Ser-se sensato. Poderei eu ser sensata aos olhos de alguém que tem um padrão de vida completamente diferente do meu? Poderá uma pessoa completamente a leste daquilo que eu penso, das minhas referências sociais, educacionais e culturais, dar-se ao luxo de me considerar ou não sensata? Poderei eu julgar alguém sobre a sua sensatez quando essa pessoa não viveu comigo, não partilhou o mesmo percurso que eu, não me diz nada do ponto de vista interpessoal?
 
Somos muito rápidos a fazer julgamentos. Somos os senhores da palavra e da razão. Argumentamos ao ponto de fazer chorar as pedras da calçada. E, assim, dando força à nossa voz, levamos connosco quem não se dá ao trabalho de pensar sobre as coisas.
 
Será a sensatez algo que pode ser definida sem termos tudo isto em conta?
Será a sensatez uma conta de equação fácil? Ou é certo que dela nada se pode dizer até que a coisa não se dê connosco?

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