Abre as pernas a qualquer um.
Sabe que se desgraça com a vida que está a escolher levar e, ainda assim, mente aos seus filhos com todos os dentes que tem na boca.
Veste-se com as melhores roupas que tem e ensaia o melhor discurso de todos, tentando convencer-se enquanto diz em alta voz que não há outro caminho.
Engana a sua família, ludibriando-a com maços de notas coloridas.
Diz-lhes que a tolerância lhes fica bem.
Tal como as putas, que toleram tudo a troco de dinheiro.
A Europa parece uma puta de luxo.
Anda de braço dado com os energúmenos dos fanáticos religiosos, oferecendo-lhe a sua cama de lençóis de cetim e perfume afrodisíaco.
Tira da boca dos filhos para alimentar os que lhe cospem no prato. E que lhe pedem que abra a perna.
Uma e outra e outra e outra vez.
Até se fartarem.
E rebentarem-lhe com os miolos.
A Europa parece uma puta reles.
Cuja única coisa que lhe resta, a dignidade, a pouco e pouco vai deixando que chafurde na lama. Que leva porrada na tromba e a seguir vai para o quarto vestir a melhor lingerie que tem. Que não se importa de vir a dormir num quarto bafiento, enquanto os que a visitam se apoderam dela e lhe destroem tudo o que tem.
A Europa parece uma puta.
Na pior acepção da palavra. De um extremo ao outro. Da maior das misérias a que pode chegar a humanidade. Que prostitui os seus filhos. Envenenando tudo o que a rodeia. Porque sabe, sabe e nega-o para si mesma, que ser puta é a sua maior desgraça. Mas é o caminho mais fácil de levar.
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