Isto de passar muitas horas por dia acompanhada da minha filha, faz com que grande parte das minha tarefas diárias contem não só com a sua presença, mas com insistentes porquês e dúvidas e considerações e observações dela. Às vezes pertinentes. Outras vezes, tontas. Outras, com piada. E, também, completamente típicas de pré-adolescentes com risinhos e verdadeiros sinais do armário que está prestes a fechar-se.
Estávamos na Natura e ela:
- Gostas deste?
- Nem por isso...
- E deste?
- Gosto, mas não é isso que a mãe quer...
- E isto? (a apontar para um micado ambientador)
- Pois... isso não dá para vestir...
Riiiuuu-se... riiuuuu-se....
- Ó mãe! Vamos embora!!
- Espera. Ainda não vi o que queria.
- Mas mãe! Esta loja é para mulheres, como é que eu hei-de dizer... assim com um espírito mais livre... (e riiuuu-se... riiuuu-se...)
Olhei para ela, meia atordoada, meia espantada, meia sem saber o que dizer. E fiquei a pensar nisso. Seja o que for para ela um "espírito livre" e apesar dos seus risinhos por tudo e por nada, acho que conseguiu definir o objectivo desta marca.
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