Querido Pai Natal,
Tenho pena que não existas de verdade. Que não passes de uma brilhante invenção da coca-cola. Que não tenhas poderes mágicos para resolveres a vida daqueles que se portaram bem durante o ano. Que apenas tenhas uma existência profana. Daquelas que levam as pessoas à loucura. A revelarem-se. A revelarem o pior que têm.
Se fosses, de facto, esse ser que alimenta os sonhos das crianças, a quem se pede alguma coisa que, certamente, irá chegar na noite de 24 de Dezembro, pedir-te-ia tanta coisa que não sei se conseguirias dar conta do recado.
Mas façamos de conta... acreditemos em ti...
Não sou muito exigente. Nem te faço pedidos materiais. Deixa lá o Rolex, os perfumes caros ou o Lamborghini para outros. Também não te peço umas férias nas Caraíbas ou um cruzeiro nas Ilhas Gregas, mas fazendo de conta que existes e que tens poderes para resolver a nossa vida, vê lá bem o que consegues fazer.
Quero so-sse-go... consegues dar-me isso? So-sse-go!
A mim e a todos os que nesta época quase que hiperventilam com compras, jantares, encontros com familiares, falta de dinheiro e de saúde. Consegues?
Quero paz de espírito.
Assim... em saquinhos. Para abrir e consumir ao longo do ano. Por isso podes trazer uma quantidade industrial.
Quero que cures o meu amigo Ricardo. E a minha amiga Manuela. Atreves-te?
Quero que os meus filhos tenham saúde e sucesso na vida. Quero que o meu marido fique bom. Para todo o sempre. Para acompanhar os filhos para todo o sempre.
Quero saúde e emprego para os meus pais. Saúde para os meus sogros. Quero que a minha irmã encontre a sua felicidade. Quero que o meu sobrinho cresça sob esse chapéu. Com ela.
Quero ver os meus afilhados tornarem-se boas pessoas.
Quero viver até ser velhinha. Mas com cabeça. E sem depender dos outros.
Quero escrever mais livros e deixar cá essa marca. Para a posteridade.
Lembro-me do ano em que recebi a bicicleta e do outro ano em que recebi o computador. Mas hoje não é isso que me faz feliz.
Hoje quero apenas e só estas coisas que não se compram. As mais difíceis de obter.
Sabes a minha morada e este ano a noite de consoada será em minha casa.
Aparece por lá. Mas não vás pela chaminé que estará a funcionar. Bate à porta.
Senta-te connosco à mesa.
E faz-nos acreditar em ti.
Tenho pena que não existas de verdade. Que não passes de uma brilhante invenção da coca-cola. Que não tenhas poderes mágicos para resolveres a vida daqueles que se portaram bem durante o ano. Que apenas tenhas uma existência profana. Daquelas que levam as pessoas à loucura. A revelarem-se. A revelarem o pior que têm.
Se fosses, de facto, esse ser que alimenta os sonhos das crianças, a quem se pede alguma coisa que, certamente, irá chegar na noite de 24 de Dezembro, pedir-te-ia tanta coisa que não sei se conseguirias dar conta do recado.
Mas façamos de conta... acreditemos em ti...
Não sou muito exigente. Nem te faço pedidos materiais. Deixa lá o Rolex, os perfumes caros ou o Lamborghini para outros. Também não te peço umas férias nas Caraíbas ou um cruzeiro nas Ilhas Gregas, mas fazendo de conta que existes e que tens poderes para resolver a nossa vida, vê lá bem o que consegues fazer.
Quero so-sse-go... consegues dar-me isso? So-sse-go!
A mim e a todos os que nesta época quase que hiperventilam com compras, jantares, encontros com familiares, falta de dinheiro e de saúde. Consegues?
Quero paz de espírito.
Assim... em saquinhos. Para abrir e consumir ao longo do ano. Por isso podes trazer uma quantidade industrial.
Quero que cures o meu amigo Ricardo. E a minha amiga Manuela. Atreves-te?
Quero que os meus filhos tenham saúde e sucesso na vida. Quero que o meu marido fique bom. Para todo o sempre. Para acompanhar os filhos para todo o sempre.
Quero saúde e emprego para os meus pais. Saúde para os meus sogros. Quero que a minha irmã encontre a sua felicidade. Quero que o meu sobrinho cresça sob esse chapéu. Com ela.
Quero ver os meus afilhados tornarem-se boas pessoas.
Quero viver até ser velhinha. Mas com cabeça. E sem depender dos outros.
Quero escrever mais livros e deixar cá essa marca. Para a posteridade.
Lembro-me do ano em que recebi a bicicleta e do outro ano em que recebi o computador. Mas hoje não é isso que me faz feliz.
Hoje quero apenas e só estas coisas que não se compram. As mais difíceis de obter.
Sabes a minha morada e este ano a noite de consoada será em minha casa.
Aparece por lá. Mas não vás pela chaminé que estará a funcionar. Bate à porta.
Senta-te connosco à mesa.
E faz-nos acreditar em ti.
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