Morava numa rua cheia de palmeiras, o Eiras.
Facilmente perdia as estribeiras, não tinha maneiras e dizia coisas corriqueiras.
Frequentava feiras, fazia colecção de cadeiras e adorava comer areias.
Em tardes soalheiras, calçava as chuteiras, punha as joelheiras e lá ía pelo caminho cheio de peneiras. Gostava de mostrar-se às bombeiras!
O Eiras vivia em Oeiras.
Tinha tiques de marquês, escondia malvadez.
Uma vez, sem querer saber da sua recente viuvez, decidiu assumir a gravidez daquela que lhe perdoava a embriaguez.
O Eiras era um tonto.
Todos lhe davam um desconto. Ponto a ponto lá ía fazendo contraponto a quem lhe contasse um conto. Mas pronto! Um dia foi a Toronto! E, de lá, só nos contou um confronto que teve com um ecoponto!
O Eiras não queria responsabilidades.
Davam-lhe ansiedades. Lá tinha as suas habilidades para lidar com verdadeiras calamidades. Tinha as suas prioridades. E, apesar das suas ambiguidades, conquistava grandes beldades.
O Eiras era esperto.
Dava conta de tudo por perto. Para ele nada era certo! Mas um desejo incerto fazia com que se sentisse num deserto. Numa conversa com o Felisberto ficou boquiaberto! Tinha descoberto que o Humberto andava encoberto!
O Eiras tinha medo!
Era esse o seu segredo. Do alto de um penedo, levantou um dedo e desenrolou o seu enredo. O Macedo recebeu a notícia como um torpedo! Afinal o rochedo que parecia ser o Eiras não era mais que um sem ledo e azedo.
Era bruxedo!
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