Tenho uma amiga por afinidade de quem gosto muito (sim, originalmente é amiga de uma prima minha e minha amiga por causa disso. Mais tarde viemos a cimentar uma amizade com base em princípios e valores comuns. E, também, uma história de vida parecida. Não sei se algum dia a teria conhecido se não fosse a minha prima, por isso, é bom ter primas!).
Gosto mesmo dela!
Bem disposta, dona de uma contagiosa e genuína gargalhada que a todos põe bem dispostos. Grande humor e atitude. Uma pessoa de bem com a vida. Para além disso, ainda trabalha numa das minhas áreas de eleição, ou seja, na área da psicologia e desenvolve e defende algumas teorias com as quais me identifico a 200%.
Não estou a falar de teses de mestrado ou doutoramento, não! Mas de teorias e filosofias de vida que, se atentarmos ao seu real significado, descomplicamos uma série de coisas.
Uma dessas teorias ocorre-me com frequência, sobretudo quando quero fazer qualquer coisa no multibanco e desisto quando percebo que o mesmo não dá talão. Entre levantamentos, pagamentos, transferências, consutas de saldo, etc., etc. ,temos um leque de opções que nos facilitam a vida, mas que, sem talão, corremos o risco de não conseguir comprovar nada. Por isso mesmo, quantas vezes viramos costas à máquina porque a mesma "não dá talão"?
No que respeita a levantamentos a minha amiga tem uma teoria porreira. Para já, recusa-se a fazer consultas de saldos e quando precisa de levantar dinheiro se a máquina não der talão, ela levanta na mesma! Ah pois é! Para ela não é o talão que importa. Não são os números que lá vêm que fazem dela uma pessoa mais ou menos feliz.
A minha amiga, amiga do seu amigo, diz que o que realmente importa não sai plasmado em talões pela boca de automatismos. O que realmente importa, são os afectos e é isso que a faz feliz. Não deixa que a sua vida dependa disso. E não, ela não é rica! É uma rica pessoa, isso sim. É um rico ser humano. Vive do seu trabalho, sobrevive com o que tem. Mas preenche os seus dias da forma mais absoluta de todas.
Concordo com esta postura!
Identifico-me com esta postura!
Somos uma marionetas! Quando é que deixámos de ser livres? Alguém se lembra? |
Às vezes não temos noção de como estamos dependentes de uma série de tecnologias e, consequentemente, de como isso tem implicações na nossa vida!
Fazemos tudo sem pensar. Basta faltar a luz em casa para ficarmos completamente desorientados. Ficamos sem fogão (se for eléctrico), sem microondas, sem computador (se não tiver bateria), sem telemóvel (quando acaba a bateria) e, em alguns casos, nem os estores de casa se conseguem abrir. Isto para numerar, apenas, meia dúzia de coisas.
Estamos dependentes de tudo!
De um telemóvel com máquina fotográfica, com acesso à internet e capacidade ilimitada de conversação. De um carro que abra as portas à distância, de um carro com comandos no volante. Estamos dependentes de uma série de coisas que nos controlam a vida!
Li-te-ral-men-te!
E, sem darmos por isso, damos cada vez menos valor ao que realmente importa!
A minha amiga, não quer saber do talão. Diz que a razão, a emoção, o bater do coração não vêm num talão. A amizade, a alegria de viver, o saber, não vêm num talão.
E eu concordo com ela.
Já tentei fazer o mesmo. Mesmo porque, quando olho para o talão, fico com vontade de chorar... o melhor mesmo, é não olhar! O melhor mesmo, é andar, andar! Avançar e não parar por causa de um talão depressivo...
O multibanco não dá talão? Pois então, alegremos o coração!
Estamos dependentes de tudo!
De um telemóvel com máquina fotográfica, com acesso à internet e capacidade ilimitada de conversação. De um carro que abra as portas à distância, de um carro com comandos no volante. Estamos dependentes de uma série de coisas que nos controlam a vida!
Li-te-ral-men-te!
E, sem darmos por isso, damos cada vez menos valor ao que realmente importa!
A minha amiga, não quer saber do talão. Diz que a razão, a emoção, o bater do coração não vêm num talão. A amizade, a alegria de viver, o saber, não vêm num talão.
E eu concordo com ela.
Já tentei fazer o mesmo. Mesmo porque, quando olho para o talão, fico com vontade de chorar... o melhor mesmo, é não olhar! O melhor mesmo, é andar, andar! Avançar e não parar por causa de um talão depressivo...
O multibanco não dá talão? Pois então, alegremos o coração!
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