terça-feira, 15 de abril de 2014

Caso hoje às 2 da tarde!

Foi o que respondi à minha vizinha, há 14 anos atrás, quando a mesma se apercebeu da agitação na minha casa. Um entra e sai nervosinho, uma tenda montada no quintal, os carros lavados, os carros estacionados à porta, e no passeio, e à porta dela. A mesa montada. E as cadeiras. E as floreiras no lugar. A carrinha do serviço de catering e a caracterização dos empregados de mesa.
 
A chuva que ía e vinha. O sol que vinha e ía. E a florista que entretanto tinha chegado. E a cabeleireira que nunca mais chegava. E eu que fui ao carro buscar qualquer coisa. E o grito que veio dentro de casa: Onde é que vais?
Calma, que não vou fugir! - pensei.
 
Às tantas senti-me uma observadora fora da tela. Via tudo a acontecer à minha frente e nada me afectava. Tudo iria resolver-se por bem. Estávamos todos a trabalhar por isso. Nada de nervos. Havia tempo. Casaria da parte da tarde. Tantos meses a programar as coisas para meia dúzia de horas. Tanta gente envolvida no nosso sucesso pessoal. Em fazer do nosso dia de casamento, um dia memorável.
 
Acho que nunca agradeci a todos os familiares o empenho. Mas espero que os 14 anos que celebramos hoje seja a prova de que valeu a pena o investimento.
 
 


 


Marido:
14 anos depois, 2 filhos depois, tantas experiências depois, ainda tens o dom de me surpreender.

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