Fez anos, a miúda. Mais uma vez, fez anos. Já lhe pedi que parasse, pois o meu coração não aguenta este crescimento feroz. Não aguenta vê-los desaparecerem-me da vista como os eternos bebés que os pais sempre vêem os seus filhos. Não aguenta passar por momentos como aqueles em que ela me interpela com questões que eu não estava preparada para ouvir.
É claro que, para mim, continua a ser a minha menininha. Mas não posso demonstrá-lo. Que ela quer ser tratada como a pré-adolescente que é. Com razão. Todos os adultos passámos pelo mesmo. Com a frustração de sermos tratados como crianças quando já começamos a ter uma opinião.
Já não quis festa de aniversário em casa ou na escola ou num espaço de insufláveis e pinturas faciais. Já não quis bonecos ou princesas no bolo de aniversário e a sua wish list passou pelas modas do momento, livros, perfume e material de desporto. Teve uma festa à sua medida. À noite, num espaço para a sua idade, com supervisão dos pais, claro! Mas com um programa muito cool. Discoteca, passagem de modelos, camarim e karaoke. Uma festa que todos os seus amigos adoraram. E ela também! Um levantar do véu para o que aí vem. A sua adolescência.
Pensei que ia demorar mais tempo, esta coisa de vê-los crescer...
Enganei-me.
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